Crise na Santa Casa deve permanecer até fevereiro de 2015
O diretor clínico da Santa Casa, José Mauro filho e o vice-diretor clínico Carlos Barbosa, disseram na manhã desta quarta-feira (15), durante coletiva de imprensa na Santa Casa, que a crise financeira que resultou na retenção salarial nas folhas de pagamentos de agosto e setembro, deve permanecer até o fevereiro do próximo ano. No mês […]
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O diretor clínico da Santa Casa, José Mauro filho e o vice-diretor clínico Carlos Barbosa, disseram na manhã desta quarta-feira (15), durante coletiva de imprensa na Santa Casa, que a crise financeira que resultou na retenção salarial nas folhas de pagamentos de agosto e setembro, deve permanecer até o fevereiro do próximo ano.
No mês passado, cerca de 200 funcionários contratados perceberam a diferença de redução de 50% na folha de pagamento referente a agosto. Em outubro, a diferença foi de 30% na folha de pagamento equivalente a setembro. A retenção ocorreu com todos os funcionários que recebem remuneração a partir de R$ 5 mil.
O diretor clínico da Santa Casa acredita que a crise financeira esteja relacionada ao não cumprimento do pagamento do empréstimo de R$ 80 milhões divididos entre a prefeitura e o Governo do Estado. Segundo as informações, a administração municipal não tem repassado a quantia de R$ 750 mil mensais desde janeiro deste ano, acumulando uma dívida de R$ 3,6 milhões.
Além da questão do empréstimo, a assessoria de comunicação da Santa Casa destacou que o hospital não recebe receita suficiente para cobrir os gastos mensais que chegam a R$ 21 milhões. Atualmente, a quantia repassada pelo Governo Federal é de R$ 15,4 milhões, deixando um déficit de R$ 5,6 milhões.
Na última semana, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), garantiu um aumento de R$ 2 milhões no repasse realizado pelo Governo Federal, a partir de fevereiro, quando também está previsto o fim das retenções salariais dos funcionários do hospital.
De acordo com o diretor-clínico da Santa Casa uma assembleia será realizada na próxima segunda-feira (20) para que o assunto seja discutido. Até o momento, não há previsão de corte de funcionários ou de paralisação, no entanto, as duas hipóteses não foram descartadas.
Ao todo, a Santa Casa possuiu cerca de 3.100 funcionários, entre eles, 2.614 ativos, no entanto, a assessoria de comunicação do hospital, não soube informar quantos tiveram parte do salário retido.
A assessoria de comunicação da Santa Casa informou que uma nova coletiva de imprensa com o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, deve ser agendada ainda nesta tarde.
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