Aposentado que foi enganado e perdeu R$ 500 faz alerta contra golpistas

O aposentado de 74 anos de idade que foi vítima de um golpe, onde lhe é oferecido um prêmio de R$ 25mil, nas que para recebê-lo é preciso que faça um depósito de R$ 500, afirmou estar conformado, mas pediu maior rigor da empresa de telefonia Claro para que dificulte o acesso ao cadastro de clientes e também a responsabiliza por não ter bloqueado o serviço de mensagens, que havia sido solicitado há algum tempo atrás.

Ele também fez um alerta para que as pessoas fiquem atentas a este tipo de ligação. “Eles (os golpistas) têm uma boa conversa e acabam te envolvendo. O detalhe é que eles contam com várias informações particulares e isto te convence. Mas fica o alerta paras outras pessoas não passem por esta experiência”, afirmou.

De acordo com o topógrafo aposentado ele sabe que não foi o primeiro e nem será o último a cair em um golpe como este. “Sei que vou ouvir muito dos amigos e principalmente da minha família. No entanto agora, como não dá mais para recuperar os R$ 500, a solução é se conformar”,disse.

Mas no episódio de terça-feira (21), o golpista ligou diretamente para ele e com bons argumentos o convenceu a fazer o depósito na conta em nome de Andreza Edilene da Silva Leite, da Caixa Econômica. O detalhe é que a ligação, de um número com código de Fortaleza-CE, foi mantida por um período de mais de duas horas. Tempo que o aposentado levou para sair de casa e seguir até agência da Caixa Econômica Federal no campus da Universidade Federal em Campo Grande onde fez o depósito.

Segundo a vítima, o golpista afirmava que ele havia sido sorteado no Programa do Faustão e que era uma promoção conjunta com a empresa Claro. “Eles perguntaram se ninguém havia comentado, porque saiu na televisão e como não assisti, afirmei que não e eles até demonstraram surpresa com este fato. Fui dar conta de que havia caído no golpe depois que fiz o depósito. Aí já era tarde”.

Para maior convencimento, o golpista se identificou como gerente da Claro, dando o nome de Ramiro Ramone de Pádua. Também forneceu o endereço do escritório da empresa em Campo Grande como sendo na rua 7 de setembro, 1302, 2º andar, sala 7.

A reportagem do Midiamax esteve no local e constatou que embora a prefeitura inclua a numeração na placa instalada na esquina da rua José Antônio, o imóvel não existe.

Um morador das proximidades comentou que já haviam procurado o endereço anteriormente, possivelmente outras vítimas do mesmo golpe. “Esse pessoal é muito bem informado. Certamente sabiam que o imóvel não existe e por isso forneceram o endereço”, afirmou o morador.