Fabio Portela Machinski, diretor de administração e finanças do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), continua no cargo mesmo após o prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte afirmar que ele seria exonerado se fosse constatado que ele mantém as contas reprovadas, segundo levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União).

Na terça-feira (21), enquanto esperava pelo candidato à presidência Aécio Neves (PSDB), o prefeito afirmou positivamente com os dois dedos polegares que exoneraria o funcionário, caso ele fosse mesmo listado pelo TCU.

O diretor consta entre 102 gestores públicos de Mato Grosso do Sul com contas julgadas irregulares. Em consulta ao TCU, é possível encontrar decisão de 2008, com recurso negado em 2011, no qual Machinski tem restrição.

A chamada “Lei da Ficha Limpa” de Campo Grande, em vigor desde o ano passado, proíbe a admissão para cargos públicos de pessoas que incidam nas hipóteses de inelegibilidade previstas na legislação federal.

“Já mandei levantar informações e, em havendo comprovação disso (contas rejeitadas), vamos fazer a exoneração, pois essa é minha linha de trabalho”, afirmou o prefeito anteriormente. Porém, a exoneração do funcionário não foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande nesta terça-feira (21), nem na de quarta-feira (22).

Sobre eventual ligação de Machinski com uma prestadora de serviços da Prefeitura na área, o prefeito reclamou da imprensa e disse que “não é verdade”. O diretor do IMTI estaria cumprindo expediente em uma empresa que tem contrato com o órgão.

* texto editado às 17h25 para atualização de informações