Antes absolutos, medalhões da seleção da Alemanha lutam por uma vaga no meio

Nem todos se lembram de que a Alemanha que pintou como uma das potências da última Copa, goleando Inglaterra e Argentina antes de parar na semifinal diante da eventual campeã Espanha, começou o Mundial com um ponto de interrogação no meio-campo. A dupla de volantes que se entendeu tão bem naquele Mundial era formada por […]

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Nem todos se lembram de que a Alemanha que pintou como uma das potências da última Copa, goleando Inglaterra e Argentina antes de parar na semifinal diante da eventual campeã Espanha, começou o Mundial com um ponto de interrogação no meio-campo.

A dupla de volantes que se entendeu tão bem naquele Mundial era formada por um relativo desconhecido do Stuttgart e um atleta que jogava na ponta até a temporada anterior. Khedira e Schweinsteiger, agora, vivem a situação contrária: atletas estabelecidos mundialmente, mas que não têm mais a posição garantida.

Desde a Copa da África do Sul, Khedira saiu do Stuttgart para se firmar no gigante Real Madrid, enquanto Schweinsteiger deixou definitivamente a função adiantada do início da carreira para se consolidar como um dos volantes mais completos do mundo.

A temporada de ambos, porém, foi marcada por lesões, abrindo caminho para que o meio-campo da seleção tivesse outros titulares absolutos: Lahm e Kroos, que tomaram conta do setor também no Bayern de Munique.

“É bom para ambos compartilhar essa função em diferentes jogos, porque precisamos de pessoas entrando descansadas, independente se jogam desde o início”, disse neste domingo o técnico Joachim Löw, deixando claro qual é o novo papel de Khedira e Schweinsteiger na equipe. “Eles são muito importantes para a seleção e têm muita influência sobre os mais jovens, mas não se pode esperar dos dois, após ficarem machucados por tanto tempo e com tão pouco treino, que consigam dar seu máximo sempre”.

Para o duelo desta segunda-feira contra a Argélia, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, Löw vai novamente escalar Lahm na base do meio-campo, com Kroos logo à frente. O terceiro elemento do setor será um dos dois antigos titulares: Khedira começou jogando as duas primeiras partidas da fase de grupos, contra Portugal e Gana, enquanto Schweinsteiger foi o titular contra os Estados Unidos.

“Não estava claro se esses jogadores poderiam jogar 90 minutos com essa temperatura e nessa velocidade”, explicou Löw sobre o rodízio implementado à dupla. “Eles aguentaram até o final. Khedira esteve machucado por muito tempo, é um milagre ele estar aqui. Isso mostra a tenacidade dele de querer lutar. Como tínhamos pouco tempo de treino, eu tinha que pensar em como desenvolver o time”.

O último treino da Alemanha antes do embate contra a Argélia, neste domingo, foi fechado para a imprensa durante as movimentações táticas de Löw. Ainda não se sabe se o treinador vai preferir a força e a energia de Khedira ou a criatividade e a chegada de Schweinsteiger, mas a presença de um dos dois no banco de reservas só mostra a força do elenco de uma das principais favoritas ao título em 2014. O provável time germânico terá Neuer; Boateng, Mertesacker, Hummels e Höwedes; Lahm, Kroos e Schweinsteiger (Khedira); Özil, Müller e Götze (Podolski).

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