Adversários “azaram” e “jogam olho gordo”, diz Dilma

Em comício realizado na noite da última sexta-feira no estacionamento do Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, se valeu de expressões populares para definir adversários e seu posicionamento na campanha.

“Aqui não estão aqueles que azaram, aqueles que vocês sabem quem são. Porque tem gente que azara, joga olho gordo. Aqui não estão aqueles que se ajoelharam e quebraram o País por três vezes”, disse Dilma ao público, que variou entre cinco e seis mil participantes.

Durante seu discurso, que foi rápido, com aproximadamente 20 minutos de duração, a candidata citou números de programas de governo como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

Dilma falou sobre a extensão da Ferrovia Norte-Sul até o Rio Grande do Sul, prometeu que até 2018 obras consideradas prioritárias para o Estado, como a construção da segunda ponte do Guaíba e a extensão da BR-448 até a cidade de Estância Velha estarão concluídas.

Antes de começar a falar, Dilma tirou dezenas de selfies com candidatos da coligação, arriscou passos de dança e recebeu no palco duas mulheres beneficiadas pelo Pronatec.

Ao final, a petista lembrou a eleição de Lula em 2003. “Na eleição de 2003 tinha uma expressão, de que a esperança ia vencer o medo. Agora quem vai vencer o pessimismo, a desinformação e as inverdades é a verdade e novamente a esperança. Nós temos o que mostrar.”

Imagens da ditadura e de candidatos gaúchos

Durante todo o comício, os militantes projetaram na parte externa do Gigantinho imagens de Dilma da época em que ela lutou contra a ditadura militar, além de imagens do governador do Rio Grande do Sul e candidato à reeleição pelo PT, Tarso Genro, e do candidato ao Senado, Olívio Dutra. Foram usadas imagens da vitória de Dutra nas eleições para a prefeitura de Porto Alegre em 1988 e do bigode de Olívio, usado novamente como símbolo da campanha do ex-governador gaúcho durante 1999 e 2002.

Os desenhos de Dilma à época em que ela era perseguida pelo regime e os de Tarso e Olívio juntos foram feitos a partir de fotos e receberam tratamento gráfico de forma a que pareçam peças de pop arte. O estilo caiu no gosto do público e as imagens já começaram a estampar adesivos, camisetas e botons da campanha.