Vítima de AVC aguarda em posto de saúde por vaga nos hospitais de Campo Grande

Por volta das 12h desta quarta-feira (20), em creche no Jardim Carioca, a cozinheira Luzia Justino Ferreira, 45, lavava uma panela e de repente caiu e desmaiou. Vinte minutos depois os bombeiros a levaram para o posto de saúde Guanandy. Lá foi constatado que Luzia teve um derrame e está com AVC, sendo necessário encaminhá-la […]

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Por volta das 12h desta quarta-feira (20), em creche no Jardim Carioca, a cozinheira Luzia Justino Ferreira, 45, lavava uma panela e de repente caiu e desmaiou. Vinte minutos depois os bombeiros a levaram para o posto de saúde Guanandy. Lá foi constatado que Luzia teve um derrame e está com AVC, sendo necessário encaminhá-la urgentemente a um hospital para a realização de tomografia seguida de internação. Desde então, Luzia segue no posto por falta de vagas nos hospitais.

Segundo a irmã de Luzia, Olinda Justino, 51, o posto de saúde tentou vários hospitais, em vão. “Uns estão sem o aparelho da tomografia, outros sem vaga, e o tempo passando”, diz, preocupada. O Hospital Regional prometeu avisá-la quando aparecesse uma vaga, mas não garantiu quando. Além da aflição da espera, a família de Luzia não conseguiu ficar na sala de internação do posto acompanhando a cozinheira.

“Eles alegam que só pode ter acompanhante se o paciente tiver mais de 60 anos, então ela está sem ninguém da família lá”, lamenta Olinda. A irmã contou que Luzia está zonza e que, segundo a enfermeira, mal conseguiu ficar sentada quando foi feita a troca de lençóis da cama. Luzia nunca teve problema de saúde. “Ela sempre foi saudável. Foi um grande susto, um desespero enorme, ninguém sabia que ela estava com a pressão alta”, revela Olinda.

A família, que veio de Mato Grosso para Campo Grande na década de 80, nunca passou por um problema de saúde deste patamar. “Primeira vez que ficamos nesta situação horrível de espera. Sabemos que uma cirurgia pode salvar a vida dela e o tempo passa e nada da vaga. Precisamos de ajuda, não temos condições de pagar esta cirurgia”, clama a irmã de Luzia.

Sem vagas

A assessoria do Hospital Regional informou que está atualmente atendendo 20% a mais do possível, mas que assim que abrir vaga Luzia será atendida imediatamente. A reportagem tentou entrar em contato com a Central de Regulação de Emergências Médicas do Samu, responsável pela transferência de pacientes de postos para hospitais, mas até o fechamento da matéria não obteve sucesso.

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