Uruguai prepara novo dossiê detalhando vigilância a Jango

O Uruguai está preparando um segundo dossiê detalhando como o presidente João Goulart era “vigiado” pelos serviços de inteligência durante o exílio no país vizinho. A informação foi antecipada pela Secretaria de Direitos Humanos para o Passado Recente, ligada à Presidência da República uruguaia. O presidente João Goulart, conhecido como Jango, seguiu para o Uruguai, […]

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O Uruguai está preparando um segundo dossiê detalhando como o presidente João Goulart era “vigiado” pelos serviços de inteligência durante o exílio no país vizinho. A informação foi antecipada pela Secretaria de Direitos Humanos para o Passado Recente, ligada à Presidência da República uruguaia.

O presidente João Goulart, conhecido como Jango, seguiu para o Uruguai, após ser deposto pelo golpe militar de 1964. Ele viveu depois na Argentina, onde morreu em 1976.

Suspeitas de que Jango morreu envenenado fizeram o governo brasileiro pedir a exumação do corpo enterrado em São Borja, no Rio Grande do Sul. Os restos mortais foram recebidos com honras de Estado em Brasília pela presidente Dilma Rousseff. Amostras serão colhidas por especialistas no Distrito Federal.

Segundo Graciela Jorge, diretora da secretaria, o Uruguai “entregará este ano um dossiê ao governo brasileiro”. “Estive pessoalmente em Brasília com uma equipe do Uruguai”, disse Graciela. “Agora estamos preparando um novo dossiê com mais indícios de que o ex-presidente era vigiado”, afirmou, por telefone, de Montevidéu.

Segundo Graciela, Jango foi bastante vigiado antes do golpe militar no Uruguai, em 1973. “As equipes de inteligência viam com desconfiança todos os que tinham perfil mais progressista, como era o caso de Jango”, afirmou. Segundo ela, Jango “aparece em vários arquivos de inteligência da época”.

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