Turistas eram atraídos por anúncios de falsos imóveis em praias de Florianópolis
O esquema funcionava assim: o turista acessava o site especializado em aluguéis por temporada, escolhia o imóvel e depositava 50% do valor na conta da corretora. Como em qualquer negociação. A diferença é que ao chegar no endereço combinado, a casa prometida não existia. Tatiana Dreher, 44 anos, lucrou pelo menos R$ 50 mil aplicando […]
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O esquema funcionava assim: o turista acessava o site especializado em aluguéis por temporada, escolhia o imóvel e depositava 50% do valor na conta da corretora. Como em qualquer negociação. A diferença é que ao chegar no endereço combinado, a casa prometida não existia.
Tatiana Dreher, 44 anos, lucrou pelo menos R$ 50 mil aplicando golpe em turistas que tinham como destino as praias do Norte da Ilha, Lagoa da Conceição e Barra da Lagoa.
Encerrado no início da semana, com a prisão da falsária, o caso serve como alerta para a temporada que se aproxima. De acordo com o Sindicato da Habitação de Santa Catarina (Secovi), 90% dos contratos de temporada são feitos pela internet. E a maioria das ofertas está em imobiliárias de médio e pequeno porte, geralmente localizadas no bairro onde disponibiliza os imóveis.
“É diferente do aluguel anual. A maioria das grandes empresas, que tem endereço consolidado, não trabalha com a temporada. Esta parte fica mais com as menores, que abrem e fecham com mais frequência. Por isso a importância de o turista se certificar que empresa tem registro e que o profissional está habilitado”, destaca o presidente da entidade, Fernando Willrich.
Falsos imóveis foram anunciados nas últimas duas temporadas
Segundo o delegado Ilson José da Silva, que investigou o caso, Tatiana anunciava os falsos imóveis no site www.aluguelemfloripa.com.br — que agora está desativado.
Ela disponibilizou as fotos das casas que não existiam durante as duas últimas temporadas. A investigação, feita pela 7ª Delegacia de Polícia de Canasvieiras em conjunto com a 1ª Delegacia da Capital, tiveram início a partir das ocorrências geradas pelos turistas enganados. Em Canasvieiras foram pelo menos 10 queixas.
A falsária foi presa em uma agência bancária no centro de Florianópolis, quando sacava o dinheiro depositado por mais um cliente enganado. Ela foi encaminhada ao Presídio Feminino e vai responder por estelionato.
Para não cair no golpe:
1) verifique se no anúncio do imóvel ou na página da internet em que é feita a oferta consta o número de registro do corretor ou da imobiliária envolvida na negociação (através do cadastro é possível conferir se o profissional atua de forma legal).
2) confirme os dados do corretor e da imobiliária com o Conselho de Corretores de Imóveis (Creci). O regional de Santa Catarina disponibiliza consulta online, no site do Creci SC.
3) confirme o endereço que é disponibilizado no site. E sempre que possível peça referência sobre a empresa.
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