Servidor da Agetran denuncia que funcionários públicos recebem pagamento indevido
O servidor afirmou que alguns colegas não trabalham nem 30 horas na semana e recebem como se tivesse trabalhado por 50. Já a prefeitura nega.
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O servidor afirmou que alguns colegas não trabalham nem 30 horas na semana e recebem como se tivesse trabalhado por 50. Já a prefeitura nega.
Um funcionário da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que vários servidores do órgão recebem hora extra e adicional noturno mesmo sem cumprir a carga de 40 horas semanais. “Tem funcionário que não trabalha nem 30 horas na semana e recebe como se tivesse trabalhado por 50 horas”, afirmou. A Prefeitura de Campo Grande afirma que isso não é verdade.
Ainda de acordo com o servidor, são mais de 40 pessoas nessa situação privilegiada somente na parte operacional. A mesma irregularidade também ocorre em outros setores, segundo ele. A Agetran possui 243 servidores, sendo 233 deles concursados. Apenas 10 são comissionados.
O funcionário disse que sofre perseguição na Agetran. Ele resolveu fazer a denúncia após ter o privilégio cortado por ter discordado em fazer uma função que não seria de sua responsabilidade.
“Quando não estão contentes com algum funcionário, simplesmente cortam a hora extra. Agora fico jogado às moscas. Por isso resolvi fazer esta denúncia, pra ver se quem sabe alguém toma alguma providência”, disse.
Ele contou ter procurado o setor de Recursos Humanos e a Secretaria Municipal de Administração para tentar resolver o problema, sem sucesso. No RH, a informação foi de que nada poderia ser feito. Na Semad, ele sequer foi recebido.
O denunciante pediu para ter o nome preservado por temer sofrer mais retaliações no órgão.
Outro lado – A Agetran informou por meio da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura que o fato não corresponde à realidade.
Segundo ela, o controle de horas extras e também do adicional noturno é realizado por meio de ponto digital e, em casos de trabalho externo, por meio de folha de frequência preenchido pelo próprio servidor, sempre supervisionado por um chefe ou coordenador.
“A peculiaridade do serviço desenvolvido pela Agetran, que boa parte se desenvolve com serviço externo, como o de sinalização vertical, horizontal e semafórica, justifica a utilização do controle por meio de folha de freqüência”, afirma a Agetran.
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