Secretário nega coação para que empresário da MDR rescindisse contrato com prefeitura
Em depoimento à Comissão Processante, o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva, negou que a prefeitura tenha coagido o empresário Mamed Dib, proprietário da MDR Distribuidora de alimentos a rescindir o contrato, ao contrário do que Dib disse à CPI do Calote meses atrás. “Houve a reunião, mas não […]
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Em depoimento à Comissão Processante, o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva, negou que a prefeitura tenha coagido o empresário Mamed Dib, proprietário da MDR Distribuidora de alimentos a rescindir o contrato, ao contrário do que Dib disse à CPI do Calote meses atrás.
“Houve a reunião, mas não houve essa conversa. Ele assinou a recisão porque quis, tanto que não foi pago depois”, afirmou Bem Hur, contradizendo o que Mamed disse que foi obrigado a assinar para poder receber a dívida de R$ 600 mil. Os atrasos foram justificados pelo secretário de que haveriam atas de preços já vencidas.
O advogado do prefeito Alcides Bernal (PP), Jesus de Oliveira, afirmou que tal declaração de coação feita por Mamed não poderá ser levada em consideração, visto que não foi dada em depoimento à Comissão Processante e por isso não houve chance do contraditório.
Outra contradição que também marcou o depoimento desta quinta-feira (21) foi que o secretário contradisse seu companheiro de trabalho, o secretário municipal de Administração Ricardo Ballock. Este disse ontem (20) à Processante que não havia nenhum atraso para com a empresa Total, antecessora da Mega Serv na limpeza dos postos de Saúde.
“Se há pendência administrativa, nós seguramos o pagamento durante um tempo e esperamos parecer da Procuradoria Jurídica”, justificou Ben Hur sobre o atraso. Além disso, o secretário de Finanças afirmou que apesar de receber ordens do prefeito, age de acordo com os princípios legais.
“Os depoimentos foram marcados por contradições. Vamos compará-los e com os documentos vamos chegar à verdade”, afirmou o relator da Comissão Processante, vereador Flávio César (PTdoB).
Após a saída da MDR, quem assumiu a oferta de alimentos à Prefeitura de Campo Grande foi a Salute, com contrato de mais de R$ 4 milhões. Com a saída da Total, a empresa que atualmente está contratada para a limpeza das unidades de Saúde é a Mega Serv, que ganha R$ 745 mil por mês.
Outra depoente nesta tarde seria a Coordenadora-Geral da Cecom (Central Municipal de Compras e Licitações), Gislaine do Carmo Penzo Barbosa, que apresentou atestado alegando enxaqueca.
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