Salário atrasa e terceirizados da Enersul paralisam serviços em Campo Grande

Cerca de 200 trabalhadores, entre eletricistas e leituristas terceirizados da concessionária de energia elétrica da Capital, Enersul, estão paralisados nesta sexta-feira (8), em Campo Grande. A principal reivindicação se refere ao salário, que não foi depositado até o momento, e na opinião deles, está defasado. A categoria promete ficar sem trabalhar em frente a Enecol […]

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Cerca de 200 trabalhadores, entre eletricistas e leituristas terceirizados da concessionária de energia elétrica da Capital, Enersul, estão paralisados nesta sexta-feira (8), em Campo Grande. A principal reivindicação se refere ao salário, que não foi depositado até o momento, e na opinião deles, está defasado.

A categoria promete ficar sem trabalhar em frente a Enecol (Engenharia Elétrica e de Telecomunicações), até às 14h de hoje (8), sendo que a previsão é voltar as atividades apenas quando o pagamento for depositado.

O leiturista Leonardo de Lima Faustino, de 28 anos, trabalha há 11 meses nesta área, e contou que a categoria está organizando um abaixo-assinado para protocolar as reivindicações no Ministério doTrabalho.

Ele disse que apresentou à diretoria as reivindicações sobre aumento do piso salarial e mudança de sindicato. “Nós recebemos apenas um salário mínimo (R$678,00), e reivindicamos pelo menos R$900,00. Além disso, queremos um sindicato mais atuante, trocar para o Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul)”, contou.

Outra reivindicação dos leituristas é quanto à produção e possíveis erros de cálculos. “Já estou processando eles porque descontaram de mim indevidamente. Fazem cálculos absurdos para reduzir nosso salário”, desabafou o leiturista Jair Ferreira Junior, 23 anos.

Em relação aos eletricistas, a questão que mais preocupa é a falta de pagamento. “Estamos parados porque não caiu o pagamento até agora. Com isso, eles vão nos dar valor, já que metade da população ficará sem nossos serviços”, contou Cícero de Almeida, 37 anos.

Cícero disse que os trabalhadores atuam no setor 101 e 102, que englobam vários bairros da capital, como Tiradentes, Nova Lima, Moreninhas e Coronel Antonino. Segundo ele, os serviços como ligação, corte, leitura não serão realizados ao longo do dia. Mas ele destaca que a população não deve ser prejudicada, já que nesses casos, é feita uma média de consumo.

Quanto ao salário, ele disse que os eletricistas recebem em torno de R$ 770,00, mais 30% de produção, sendo que também pretendem discutir a questão em breve.

A diretoria da Enecol foi procurada pela equipe de reportagem, mas informou que não poderia atender no momento. A assessoria de comunicação da Enersul informou que não procede a informação sobre os bairros ficarem sem o serviço, já que existe toda uma dinâmica para evitar este impacto negativo.

A Enersul também explicou que como eles são apenas uma parte do todo, que prestam este tipo de serviço, serão deslocadas outras equipes para não prejudicar a população. Além disso, segundo a assessoria, a negociação é restrita entre a empresa e os funcionários, mas que a torcida é que tudo seja resolvido o mais rápido possível.

(Matéria editada 11h40 para acréscimo de informações).

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