Presidente de CPI que custou R$ 350 mil aos cofres públicos pagou R$ 70 mil a consultor

Mesmo após a apresentação do relatório final  o presidente da CPI não apresentou a prestação de contas detalhada de gastos dos trabalhos da comissão. O petista declarou apenas que gastou R$ 350 mil em seis meses de trabalho.

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Mesmo após a apresentação do relatório final  o presidente da CPI não apresentou a prestação de contas detalhada de gastos dos trabalhos da comissão. O petista declarou apenas que gastou R$ 350 mil em seis meses de trabalho.

O presidente da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, deputado estadual Amarildo Cruz (PT) está se esquivando e mesmo depois da apresentação do relatório final não apresentou a prestação de contas detalhada de gastos dos trabalhos da comissão. O petista declarou apenas que gastou R$ 350 mil em seis meses de trabalho e admitiu ter pago com dinheiro dos cofres públicos R$ 70 mil para apenas um dos consultores que ajudaram nos levantamentos.

Amarildo justificou que dentro desses R$ 350 mil estão as despesas de viagens em 11 municípios e a contratação de 15 pessoas, entre elas um técnico que teria vindo de São Paulo, o qual custou ao contribuinte a bagatela de R$ 70 mil.

Os R$ 350 mil desembolsados do erário causaram surpresa em alguns parlamentares pelo alto valor da cifra. O espanto maior ficou por conta dos deputados integrantes da CPI da Enersul. O então presidente da CPI, deputado Paulo Correa (PR), afirma ter gasto em 2007 o montante de R$ 11,2 mil.

“Gastamos R$ 11 mil dos cofres públicos, mas que em contrapartida houve a devolução de R$ 191 milhões aos consumidos sul-mato-grossenses em abatimento nas contas, além da redução na tarifa de energia em 24,71%”, argumentou Correa.

Já o deputado Marquinhos Trad (PMDB) – relator da CPI da Enersul – entrou com requerimento à Mesa Diretora da Assembleia, solicitando o detalhamento das despesas. Entre os questionamentos de Marquinhos estão o período em que o consultor paulistano teria trabalhado, a relação de nomes dos contratados, relação das cidades visitadas, diárias de hospedagem, alimentação, transporte, gastos com setor gráfico e justificativa de escolha de empresas.

“Também em seis meses, a CPI da Enersul visitou 31 municípios e estudou 100 mil páginas, mas contratou apenas um economista. Outros nove técnicos do meu gabinete atuaram na investigação, mas essas pessoas já recebem pela Assembleia”, finalizou Marquinhos.

Até o momento não há publicação dos gastos da CPI no diário oficial da Assembleia.

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