Funai nega que indígenas tenham provocado danos em propriedades rurais ocupadas

A Funai (Fundação Nacional do Índio) emitiu nota de esclarecimento na tarde desta quarta-feira (30), negando que os indígenas que ocupam propriedades rurais em Japorã, distante 477 quilômetros, desde o dia 25, tenham provocado danos nas instalações dos locais. A defesa é feita com base em relatório da Polícia Federal. Até o dia 28, nove […]

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A Funai (Fundação Nacional do Índio) emitiu nota de esclarecimento na tarde desta quarta-feira (30), negando que os indígenas que ocupam propriedades rurais em Japorã, distante 477 quilômetros, desde o dia 25, tenham provocado danos nas instalações dos locais. A defesa é feita com base em relatório da Polícia Federal. Até o dia 28, nove ocupações foram identificadas no município.

De acordo com a nota não houve “nenhum registro de incêndio de casas ou quaisquer construções nessas nove áreas. Ao contrário do que foi divulgado na imprensa, apenas um feixe de lenha foi queimado, sem quaisquer consequências danosas”. Conforme o órgão, também não existe nenhum registro oficial de reféns durante e após as ocupações e, nem de não-índios feridos.

A situação está sendo acompanhada pela Polícia Federal e por equipes da Funai de Ponta Porã e de Iguatemi. Segundo o esclarecimento, nas propriedades rurais ocupadas está sendo possível ainda dar continuidade ao trabalho na lavoura durante o dia, com o acompanhamento da PF.  Parte do gado das fazendas já foi retirada.

A Funai relata ainda, que foi registrado ação de seguranças particulares armados, contra os índios que ainda ocupam a fazenda São Jorge. Ninguém ficou ferido.

 A área ocupada é referente a Terra Indígena Yvy Katu, que compreende 9.494 hectares de área declarada, fundamentada em estudos antropológicos e perícia judicial, que identificaram a presença da etnia Guarani Kaiowá no local, no período da colonização da região.

Na semana passada, o Ministério Público Federal requereu, através de ação civil pública, a ocupação definitiva pelos indígenas, da terra Yvy Katu e pediu o bloqueio imediato de R$ 3.218.028,17 dos cofres da União para a indenização à Agropecuária Pedra Branca, que usufrui de parte da área onde está localizada a terra indígena.
 
Por fim, a Funai faz questão de reiterar que “repudia as informações enganosas divulgadas e informa que, como órgão federal, age nos trâmites legais, sem qualquer influência sobre as ocupações”.
 

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