Estudante que perdeu Fuvest, fica em 1º no Prouni e passa em 3º na UFRJ

Há quase um mês, Reynaldo Machado vivia uma das maiores decepções de sua vida. Por uma sucessão de desacertos, o estudante de 17 anos perdeu o primeiro dia de provas da 2ª fase do vestibular da Fuvest e viu o sonho de estudar arquitetura na USP (Universidade de São Paulo) se desfazer. Hoje, no entanto, […]

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Há quase um mês, Reynaldo Machado vivia uma das maiores decepções de sua vida. Por uma sucessão de desacertos, o estudante de 17 anos perdeu o primeiro dia de provas da 2ª fase do vestibular da Fuvest e viu o sonho de estudar arquitetura na USP (Universidade de São Paulo) se desfazer.

Hoje, no entanto, o jovem de São Fidélis (350 km do Rio de Janeiro) só tem o que comemorar. Machado já fez sua pré-matrícula no curso de engenharia naval da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ele ficou em terceiro lugar na classificação geral do curso no Sisu (Sistema Nacional de Seleção Unificada).

“Estava em dúvida, preferia arquitetura, mas como o mercado de trabalho está mais aquecido na área de engenharia naval, me pareceu a melhor opção”, disse o estudante, que abriu mão de uma bolsa integral para cursar arquitetura na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) – ele também foi aprovado no mesmo curso no Mackenzie, em São Paulo.

Atualmente fazendo curso técnico , ele foi aprovado em primeiro lugar no Prouni (Programa Universidade Para Todos), mas temeu não conseguir se manter sozinho na capital. “Minha família não teria condições de ajudar e a UFRJ tem programa de bolsas”, justificou. Entretanto, ele não perde a esperança de atuar como arquiteto. “Quem sabe eu não me especializo em arquitetura naval?”

A Fuvest

No dia 6 janeiro, Machado não pôde fazer o primeiro dia da segunda fase da Fuvest, depois de chegar meia hora atrasado e encontrar os portões fechados. O estudante errou o local da prova. Ele foi até Mogi das Cruzes (63 km de São Paulo), quando na verdade estava inscrito para realizar o vestibular no campus da UMC (Universidade Mogi das Cruzes) no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo.

Informado do engano, o estudante – que viajou de ônibus para São Paulo apenas para prestar o vestibular – tentou chegar ao local correto, num trajeto de duas horas, mas já era tarde. Muito abalado, ele disse, na ocasião, que visitou o campus da UMC em Mogi das Cruzes no dia anterior, justamente para evitar imprevistos, e foi informado por um funcionário que o vestibular ocorreria ali mesmo.

Machado chegou a procurar Defensoria Pública, na expectativa de recorrer e conseguir fazer a prova, mas foi desencorajado, diante da dificuldade de conseguir testemunhas e provas da responsabilidade da Fuvest no ocorrido. “Acredito que se tudo aquilo ocorreu, é porque não era o melhor, e tenho certeza que tem algo guardado para mim aqui”, completou.

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