Banco Mundial restringe financiamento a carvão mineral
Anunciada na última semana, a decisão do Banco Mundial e do Banco Europeu de Investimentos de restringir o financiamento de usinas geradoras de energia movidas a carvão mineral é um avanço bem vindo em direção a um futuro mais sustentável e outras instituições em todo o planeta deveriam seguir esse exemplo imediatamente, avalia a Rede […]
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Anunciada na última semana, a decisão do Banco Mundial e do Banco Europeu de Investimentos de restringir o financiamento de usinas geradoras de energia movidas a carvão mineral é um avanço bem vindo em direção a um futuro mais sustentável e outras instituições em todo o planeta deveriam seguir esse exemplo imediatamente, avalia a Rede WWF.
Instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial, o Banco de Desenvolvimento da Ásia, o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Africano de Desenvolvimento e o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm uma oportunidade para modelar uma mudança mundial em direção às fontes sustentáveis de energia, com baixas emissões de gases de efeito estufa e menores impactos socioambientais.
“Para termos uma chance efetiva de enfrentar as mudanças climáticas, o mundo precisa se afastar dos combustíveis fósseis totalmente. Enquanto ajuda os países em desenvolvimento a aumentar seu acesso à energia e fazer a transição para um crescimento econômico de baixo carbono, o Banco Mundial deve, gradativamente, retirar seu apoio a qualquer tipo de geração de energia baseado em combustíveis fósseis, em consonância com sua política de fomentar ações no campo de mudanças climáticas,” reforçou Samantha Smith.
Brasil na contramão – Enquanto instituições financeiras globais acenam com o corte de financiamentos e subsídios ao uso de combustíveis que aceleram e ampliam o aquecimento global e governos e investidores privados em diversos países elevam investimentos em energia solar, eólica e biomassa, o Governo Brasileiro destina mais recursos à geração de energia com combustíveis fósseis. Mais de 68% dos investimentos previstos no Plano Decenal de Energia 2021 terão como destino o setor de petróleo e gás e as térmicas a carvão voltarão aos leilões oficias para geração de energia.
“Por ter um grande potencial em energias renováveis, o Brasil poderia se tornar um exemplo global investindo mais em fontes de baixo carbono e de menor impacto ambiental. Cabe ao Governo Federal estabelecer metas ambiciosas de expansão dessas fontes e redirecionar investimentos hoje destinados aos combustíveis fósseis e à construção de grandes hidrelétricas”, ressaltou Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.
“Com planejamento e políticas estratégicas adequadas, além de medidas de eficiência energética, é possível atender a uma parte significativa da demanda por eletricidade a partir de fontes de menor impacto, fazendo com que deixem de ser apenas alternativas para se tornarem prioritárias numa matriz energética nacional realmente sustentável”, completou Rittl.
Alinhada com essas necessidades, a nova campanha global sobre energia da Rede WWF, Seize Your Power, conclama as instituições financeiras mundiais a aumentarem significativamente seu financiamento para fontes renováveis e sustentáveis de energia e a cortarem o financiamento aos combustíveis fósseis. Afinal, os níveis globais de emissões de gases de efeito estufa requerem ações drásticas e urgentes para limitar o aquecimento global.
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