Atirador de 12 anos de Nevada sofria bullying, diz amiga
O garoto de 12 anos que nesta segunda-feira (21) matou um professor e feriu dois alunos antes de se matar estaria sofrendo bullying na escola Sparks, no Estado de Nevada, nos EUA. A informação foi divulgada por colegas do atirador, cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia para preservar a família. Antes de ontem, […]
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O garoto de 12 anos que nesta segunda-feira (21) matou um professor e feriu dois alunos antes de se matar estaria sofrendo bullying na escola Sparks, no Estado de Nevada, nos EUA. A informação foi divulgada por colegas do atirador, cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia para preservar a família.
Antes de ontem, o menino tinha o perfil oposto de um atirador de escola. “Ele era realmente um bom garoto”, disse a colega de escola Amaya Newton. “Ele iria fazer você sorrir quando estivesse tendo um dia ruim”. Mas por alguma razão, o menino levou uma pistola Ruger 9 mm semiautomática de seus pais para a escola, disse uma fonte da polícia à rede “NBC”. No entanto, durante a entrevista coletiva desta terça-feira (22), a polícia não confirmou se a arma era realmente dos pais.
Amaya acredita que os dois estudantes feridos eram amigos do atirador. “Eu o vi ficar intimidado algumas vezes e eu acho que ele extravasou o bullying que sofria”, declarou a menina. Os investigadores ainda não determinaram o que motivou a ação e estão cautelosos em falar sobre se o atirador realmente sofria violência psicológica na escola. Miller disse apenas que a polícia está investigando todas as possibilidades.
O professor Mike Landsberry –morto no ataque– era fuzileiro naval veterano da guerra do Afeganistão. Na escola, era considerado um professor popular entre os alunos e, de acordo com a polícia, ele conseguiu salvar dezenas de pessoas ao se colocar à frente do atirador. “Parece que ele quase conseguiu acalmá-lo”, disse Tom Miller, subdelegado da polícia de Sparks.
Apesar de relatos anteriores, que diziam que os dois estudantes feridos teriam sido baleados dentro do prédio da escola, a polícia afirma que todos os tiros foram disparados do lado de fora. “Esse era o tipo de pessoa que Mike era”, disse o irmão Reggie Landsberry . “Ele era o tipo de pessoa que, se alguém precisava de ajuda, ele estava lá”, concluiu.
O tiroteio reacendeu o debate nacional sobre o acesso às armas nos EUA. Em agosto, um estudante de uma escola secundária em Winston, Carolina do Norte, disparou e feriu outro estudante no pescoço. Outro tiroteio ocorreu em uma escola de Atlanta, em janeiro, embora ninguém tenha sido atingido. O tiroteio em Nevada vem quase um ano depois de um atirador ter matado 26 pessoas na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut.
Alguns professores começaram a ter aulas de autodefesa e de combate no caso de um incidente parecido ocorrer. Uma aula ensina como fugir ou se esconder, mas também técnicas de como desarmar um agressor.
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