Acordo entre 140 países no Japão estabelece redução do uso de mercúrio

Representantes de 140 países assinaram nesta quinta-feira em Kumamoto (Japão) o primeiro acordo internacional para reduzir o uso e o comércio de mercúrio visando a prevenir futuros danos à saúde e ao meio ambiente. A assinatura do acordo aconteceu durante um congresso internacional auspiciado pela Organização das Nações Unidas e proíbe a fabricação, exportação e […]

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Representantes de 140 países assinaram nesta quinta-feira em Kumamoto (Japão) o primeiro acordo internacional para reduzir o uso e o comércio de mercúrio visando a prevenir futuros danos à saúde e ao meio ambiente.

A assinatura do acordo aconteceu durante um congresso internacional auspiciado pela Organização das Nações Unidas e proíbe a fabricação, exportação e importação de produtos que contenham certos níveis de mercúrio, como por exemplo, as luzes fluorescentes, a partir de 2020.

O tratado, denominado “Convenção de Minamata”, obriga ainda os países signatários a reduzirem suas emissões anuais de mercúrio ao meio ambiente e a promover formas adequadas de armazenamento e de eliminação do elemento altamente nocivo.

O pacto, que deve começar a ser aplicado a partir de 2016 após ter superado o requisito de ser ratificado por mais de 50 países, procura reduzir as emissões de mercúrio utilizadas para extrair ouro nas explorações mineiras de alguns países do oeste da África.

Os 140 estados signatários, representados por mais de mil delegados políticos, se comprometeram a assistir economicamente os países em desenvolvimento que necessitem apoio financeiro para terminar com suas emissões de mercúrio.

A convenção levou o nome da cidade japonesa de Minamata onde na década de 1950 foi detectada uma síndrome neurológica causada pela contaminação da água após o vazamento de mercúrio de uma usina petroquímica. Milhares de pessoas ficaram gravemente doentes permanentemente incapacitadas.

A rubrica desse tratado é o resultado de quatro anos de negociações nas Nações Unidas e foi citado por vários governos e várias ONGs como a última oportunidade do mundo para tomar medidas drásticas para acabar com as emissões de mercúrio.

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