Os servidores do Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul) resolveram parar as atividades nesta segunda-feira (27) e prometem nova manifestação na sexta-feira (31) em frente à Justiça Federal, no Parque dos Poderes.

A luta dos servidores é pela reposição salarial, congelada há seis anos e que está em torno de 39,4% de defasagem, segundo o servidor Ricardo Reis. O Governo Federal propôs reajuste de 15,8% para as categorias em greve, a ser feito em 2013, 2014, 2015, rejeitado  durante a assembléia da tarde desta segunda-feira pelos servidores de Mato Grosso do Sul.

Ao todo, 16 estados do país já estão em greve, com destaque para o fórum trabalhista da Barra Funda, o maior do país, onde 85 das 90 varas ficaram fechadas para atendimento no balcão, segundo o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª região no último dia 21.

Em 31 varas, audiências foram canceladas. Os grevistas afirmam que 25 audiências não ocorreram e as luzes do fórum foram apagadas.

A história dos servidores sobre a luta para reposição salarial é antiga. São seis anos de salários congelados e dois projetos de lei (6613/2009 e 6697/2009) paralisados na Comissão de Finanças e Tributação do Congresso Nacional.

Para o coordenador-geral do Sindjufe/MS, Antônio Cpesar Medina, o servidor não pode ficar parado. “Esse é o momento de manifestação. Vamos todos nos unir com outras categorias como os policiais federais e professores e lutar pelo reajuste que é merecido e não este que nos foi oferecido”, declarou.

O coordenador-jurídico do Sindjufe/MS, José Ailton, explicou aos manifestantes que é preciso definir que órgãos vão parar e quano, para que a greve tenha força e seja vista nacionalmente.

Nesta sexta-feira (31), haverá nova paralisação em frente à Justiça Federal, no Parque dos Poderes, para deliberação de greve. O ato começa às 12h e a assembléia às 14h30.