Promotor diz que corpo de Eliza não será achado, mas caso está esclarecido

Em coletiva de imprensa após o término do interrogatório de Macarrão, que atravessou a madrugada desta quinta-feira, o promotor Henry Vasconcelos disse considerar o caso do desparecimento de Eliza Samudio já “esclarecido”. “O depoimento de hoje dá muita credibilidade ao que Jorge (primo de Bruno) falou. O delito já está esclarecido, Na Pampulha (bairro de […]

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Em coletiva de imprensa após o término do interrogatório de Macarrão, que atravessou a madrugada desta quinta-feira, o promotor Henry Vasconcelos disse considerar o caso do desparecimento de Eliza Samudio já “esclarecido”.

“O depoimento de hoje dá muita credibilidade ao que Jorge (primo de Bruno) falou. O delito já está esclarecido, Na Pampulha (bairro de Belo Horizonte), Eliza foi entregue, mas, ao contrário do que disse Macarrão, eles seguiram junto com Bola. Ela foi assassinada sob asfixia e uma mão foi jogada para os cachorros. Bruno optou por articular e providenciar através dos seus funcionários, amigos, mulheres e familiares e fez o cárcere privado. Macarrão foi co-autor, co-articulador, participou do cárcere e também na ocultação do cadáver. Dayanne é protagonista, mas não mandante”, sintetizou.

O promotor não crê que o corpo da vítima seja encontrado. “Eliza foi fracionada, os pedaços espalhados”, afirmou.

Vasconcelos desmentiu trechos do depoimento de Macarrão, que alegou não conhecer Bola e responsabilizou Bruno inteiramente pelo desaparecimento da amante. “No interrogatório foi feita uma confissão parcial aos crimes. Temos pela primeira vez a culpa atribuída a Bruno, feita por um dos réus. Temos certeza que ela está morta. Macarrão sabia que Eliza seria assassinada. Claro que ele tinha medo dos contatos entre ele e Bola na época do assassinato. Bola mandou uma mensagem alertando que a Polícia Civil iria ao sítio de Bruno”, disse.

Para ele, Bola matou Eliza, mas poupou o bebê. “Eliza e a criança foram levadas a Bola. Ele é bandido, policial, mas é justiceiro. Ao deparar com a criança, não quis matar”, analisou. Macarrão teria medo ser assassinado por Bola também: “é claro que ele tem medo.”

Questionado sobre a insistência para concluir o interrogatório de Macarrão durante a madrugada, o promotor admitiu receio de uma nova manobra de advogados: “ao recolher-se, ele poderia ser pressionado. Quando houve a suspeita de que Macarrão poderia entregar tudo ao decorrer do dia, um dos advogados de Bola veio até o fórum”.

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