Com aproximadamente 6 mil animais já resgatados com vida de áreas alagadas no Rio Grande do Sul, em número atualizado na segunda-feira (6), as iniciativas pública e também organizações não governamentais intensificam esforços para aumentar o número de resgates e também manter seguros os resgatados.

Segundo dados do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 5.432 foram socorridos pela Brigada Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros em municípios gaúchos. Além destes, centenas foram resgatados por ONGs e equipes voluntárias independentes.

Para auxiliar no resgate e preservação da vida dos animais, o Departamento de Defesa e Proteção da Vida Animal, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, emitiu pedido de ajuda para os demais estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a Suprova (Superintendência de Política Integradas de Proteção da Vida Animal), vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) já iniciou mobilização para tal apoio.

Na próxima semana, a Suprova deve enviar uma equipe para a próxima semana a Canoas (RS), para levar doações e efetuar resgates de animais. Ele convocou toda a população de Campo Grande para efetuar doações de alimentos, cobertores e materiais de primeiros socorros aos animais.

“Nós precisamos de toda a ajuda para que a gente consiga disseminar a mensagem que nós estamos descendo e do que pediram para a gente levar. Eles precisam de alimentos para animais de todos os tipos, não só cachorro e gato, para equinos, bovinos, não tem alimento para esses animais, as pessoas estão mandando só para cães e gatos”, disse o superintendente Carlos Eduardo Rodrigues.

Para isso, foi montada na segunda-feira (6) uma Força Tarefa de Resgate Técnico de Animais de Mato Grosso do Sul, composto por várias entidades governamentais, lideradas pelo Gretap – Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal – que envolve o Cras, Secretaria do Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e diversos outros.

Segundo o grupo, serão enviados profissionais, dois barcos, doações de alimentos e roupas, destinados aos animais, como casinhas, cobertores e toalhas. Os postos de coleta são todas as lojas do Maranata Pet Shop, do Dog in Box, na própria Superintendência de Política Integradas de Proteção da Vida Animal, que fica no andar térreo do Memorial da Cultura e da Cidadania, e na portaria da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

“Cavalos, coelhos, gado, é o maior problema deles hoje, porque as pessoas geralmente mandam ração para cachorro e gato, mas lá eles têm esse problema, porque a região que foi atingida é uma região rural, muitos sítios, os porcos e galinhas já morreram todos, porque eles não nadam, então os que ficaram foram os cavalos, os gados e coelhos que foram resgatados também. A gente precisa de feno, ração para gado, ração para cavalo, medicamentos para eles, porque muitos foram feridos, o que tiver de primeiros socorros para animais, a gente precisa disso”, finalizou o superintendente.

Do total de 497 municípios do Rio Grande do Sul, 385 foram afetados pelas fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana. O desastre provocou cheias em rios, cortou o fornecimento de energia elétrica e os serviços de telefonia em vários pontos. Nesta terça-feira (7), o estado chegou à marca de 90 mortes em decorrência da tragédia.