amistoso começou aberto, com as duas equipes tentando marcar no campo adversário. O Brasil, por ter um setor ofensivo mais leve do que a Colômbia, que surpreendentemente entrou com dois centroavantes, Falcao García e Jackson Martínez, conseguia chegar um pouco mais nos dez primeiros minutos, mas sem tanto poder de fogo.
Kaká deu um toque de qualidade no meio de campo da Seleção Brasileira (Foto: Mowa Press) |
O ataque da Colômbia mostrava entrosamento. Jackson Martínez caía um pouco mais pela direita, onde Cuadrado fazia boas jogadas individuais. Mas o atacante não ficava parado. Ia bastante para a esquerda para jogar com seu companheiro, a grande joia do time e desta seleção, o jovem James Rodríguez. Os dois infernizavam a defesa brasileira com o apoio de Armero e as chegadas de Macnelly Torres.
LÁ E CÁ
As duas equipes criavam chances, como a de Kaká após boa jogada de Oscar, e o Brasil voltava a tentar adiantar a marcação. E foi nessa que veio a melhor oportunidade até então, após cruzamento de Daniel Alves na cabeça do atacante do Santos, que finalizou sozinho em cima de Ospina.
A movimentação do ataque do Brasil era interessante. Neymar, Oscar e Kaká e faziam boas jogadas. Thiago Neves tentava ao máximo acompanhar, mas nem sempre conseguia, erra muitos passes. Os melhores lances da Seleção vinham após roubadas de bola, armando contra-ataques.
O apoiador do Chelsea fazia bons desarmes, mas não era tão criativo, o do Real Madrid chegou a botar a bola na trave e era mais incisivo. O Brasil crescia no jogo, quando a Colômbia aplicava bons ataques em contra-golpes, como a tentativa de chapéu de Jackson em David Luiz.
Mas alguns erros pontuais do Brasil seriam fatais. Mac Torres e James fizeram boa jogada, o jovem do Porto, que pouco apareceu na direita, surpreendeu a todos, viu Cuadrado passar, deu passe a Ronaldinho Gaúcho, olhando para o outro lado, e o lateral aproveitou falha de marcação de Leandro Castán, e ficou na cara de Diego Alves, que sofreu seu primeiro gol pela Seleção, já no fim do primeiro tempo.
FATOR NEYMAR
Na volta para o segundo tempo, a Colômbia até teve uma ou outra presença ofensiva, mas já não tinha o mesmo ímpeto do início do jogo. E o Brasil não conseguia armar tantas jogadas coletivas, então foi para o lance individual mesmo. Dentro da área, driblou Mosquera e deu um bonito chute seco cruzado, sem chance para Ospina. Nesta altura, o empate era o placar mais justo.
Mas se a joia santista foi muito bem com a bola rolando, não se pode dizer o mesmo quando teve a chance de colocar o Brasil na frente em cobrança de pênalti. Já aos 34 do segundo tempo, Armero derrubou Daniel Alves, e o juiz marcou a penalidade máxima. Muita reclamação, mas quando Neymar foi cobrar, baixou o jogador de futebol americano (já que de fato é um estádio deste esporte), e o atacante cobrou um verdadeiro field goal. Muito longe do travessão.
Daí para o fim, as duas seleções ainda tentaram alguns ataques, mas nada com muito perigo. E foi mais um passo para o Brasil, que enfrenta a Argentina pelo Superclássico das Américas em Buenos Aires, apenas com jogadores que atuam no país.