Juíza de Coxim pede que diretora do IALF responda por desobediência

A juíza da 2ª Vara de Coxim, Helena Alice Machado Coelho, determinou que o delegado Amylcar Eduardo Romero apure eventual crime de desobediência cometido pela diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), Josemirtes S. Fonseca Prado da Silva. O pedido de investigação se deve a demora no envio de laudos definitivos, geralmente de entorpecentes, […]

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A juíza da 2ª Vara de Coxim, Helena Alice Machado Coelho, determinou que o delegado Amylcar Eduardo Romero apure eventual crime de desobediência cometido pela diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), Josemirtes S. Fonseca Prado da Silva.

O pedido de investigação se deve a demora no envio de laudos definitivos, geralmente de entorpecentes, para processos que tramitam em Coxim.

Num dos casos, somente no mês de março, a juíza pediu duas vezes, com prazos de 24 e 48 horas, o laudo definitivo de um dos entorpecentes apreendidos com Thiago Soares da Cruz, de 21 anos, preso em setembro de 2011.

Mesmo assim, a juíza não teve o pedido atendido pelo IALF. Consta no processo que o último pedido, desta vez com prazo de 24 horas, foi feito no dia 27 de março. Até o fechamento desta reportagem, o IALF não tinha enviado o laudo definitivo da pasta base de cocaína.

OUTRO CASO – Não é a primeira vez que o trabalho da polícia e, consequentemente, da Justiça, é dificultado pela morosidade do IALF. Em fevereiro, o juiz da 1ª Vara Criminal de Coxim, Cláudio Muller Pareja, se viu obrigado a conceder liberdade provisória a Severino Ivo de Andrade, de 30 anos, apesar de todas as evidências do crime de tráfico de drogas.

Ao conceder a liberdade, o juiz justificou que desde novembro está esperando o laudo definitivo da droga apreendida, “sem o qual não é possível prolatar sentença”, emenda. O laudo toxicológico definitivo, vale ressaltar, é de responsabilidade do Estado.

Por conta dessa demora, a prisão do Andrade tornou-se ilegal. “Por absoluta incompetência do poder executivo, que durante seis meses não conseguiu fazer um laudo que ateste ser substância piscotrópica o produto apreendido”, comenta Pareja.

Apesar de ter sido beneficiado com a falha do Estado, Andrade foi preso novamente no último dia 23, sob a acusação de tráfico de drogas. Desta vez, Andrade foi flagrado com 20 gramas de pasta base de cocaína, que renderiam 40 “paradinhas”, além de seis prontas.

O suspeito também estava de posse de uma porção de maconha e R$ 1,2 mil em dinheiro. O flagrante feito pela Polícia Civil, na casa de Andrade, localizada na rua dos Severos. No local, a polícia apreendeu vários petrechos para preparação dos entorpecentes.

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