Em repúdio a Sérgio Guerra, professor da UFMS deixa PSDB

Integrante da Executiva Estadual do PSDB, o professor da UFMS, historiador Cezar Augusto Carneiro Benevides, protocolou nesta quinta-feira (29) seu afastamento do partido tucano. A atitude, segundo o educador, é em repúdio ao presidente nacional da legenda, deputado federal Sério Guerra (PE). Segundo Benevides, a decisão em deixar a sigla partiu após a demissão de […]

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Integrante da Executiva Estadual do PSDB, o professor da UFMS, historiador Cezar Augusto Carneiro Benevides, protocolou nesta quinta-feira (29) seu afastamento do partido tucano. A atitude, segundo o educador, é em repúdio ao presidente nacional da legenda, deputado federal Sério Guerra (PE).

Segundo Benevides, a decisão em deixar a sigla partiu após a demissão de dois profissionais da revista História da Biblioteca Nacional, autores de uma resenha da obra “Privataria Tucana”. Eles teriam sido demitidos por determinação do presidente nacional do PSDB.

A suposta ação do dirigente tucano foi interpretada pelo historiador sul-mato-grossense, filiado ao PSDB desde 2007, como um ato de censura. “A censura é um poder bestial que só interessa aos estados e governos autoritários”, criticou Benevides.

O pedido de afastamento, segundo o educador, em caráter irrevogável, foi protocolado no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

“Como membro da Executiva Estadual, eu não poderia continuar no partido após essa lamentável atitude do Sérgio Guerra. O livro é uma obra crítica, como tantas outras. Essa atitude de demitir profissionais que dependem dessa fonte de renda para sobreviver não faz sentido”, observou.

O professor Cezar Benevides comentou que sua saída do PSDB ocorreu de “maneira tranquila”. Ele não descartou a possibilidade de “eventualmente” se filiar a outro partido político, “desde que eu compartilhe de seus ideais”, frisou.

“Não compartilho com qualquer ato de censura, principalmente quando relacionado, de uma maneira geral, com bibliotecas, pois as vejo, conforme observou o historiador Jean Marie Goulemot, como um lugar de descoberta intelectual”, concluiu. 

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