Em estreia na oposição, senadores do PR votarão com o governo

No primeiro ato após o anúncio de que migraria para a oposição no Senado, o PR votará junto do governo Dilma Rousseff na Medida Provisória que institui a Política Nacional de Defesa Civil. Nesta terça-feira (20), o líder do partido na Casa, Blairo Maggi (MT), afirmou que a iniciativa não se trata “de nada extraordinário”, […]

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No primeiro ato após o anúncio de que migraria para a oposição no Senado, o PR votará junto do governo Dilma Rousseff na Medida Provisória que institui a Política Nacional de Defesa Civil. Nesta terça-feira (20), o líder do partido na Casa, Blairo Maggi (MT), afirmou que a iniciativa não se trata “de nada extraordinário”, apesar de ser vista pelo Palácio do Planalto como um termômetro para a articulação da base aliada.

No último dia 14, mesmo ofuscados pela crise do governo com o PMDB e pela substituição dos líderes no Congresso, os sete senadores do partido anunciaram que migrariam para a oposição depois do fracasso das negociações para emplacar um novo ministro dos Transportes.

O atual ocupante do cargo, Paulo Sérgio Passos (BA), é filiado ao PR, mas não é próximo do principal dirigente da legenda, o ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (AM), afastado por suspeitas de corrupção. “Já conversei com a maioria dos senadores. A ideia é acompanhar pela aprovação da MP. Tudo que for em benefício da nação nós temos que trabalhar e aprovar”, disse Blairo.

A crise entre o PR e a presidente se desenrola desde a saída do senador Alfredo Nascimento (AM) do Ministério dos Transportes, em meio a uma série de denúncias de corrupção. Ele nega.

A MP tranca a pauta do Senado há uma semana e é vista como indicador de como podem ser as votações da lei Geral da Copa do Mundo e do Código Florestal. É também um teste para o novo líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), inimigo político de Nascimento e sucessor de Romero Jucá (PMDB-RR).

O PR tem sete entre os 81 senadores. “O líder está procurando conversar. No momento em que o governo nos chamar para conversar, estaremos abertos”, afirmou Blairo. Sobre a linguagem forte da semana passada, incluindo um “cansei de negociar”, o senador resumiu: “A gente não pode levar ao pé da letra”. O PR cobiça cargos no governo, incluindo outro nome para a pasta dos Transportes.

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