Cooperativismo pode ser alternativa para produção leiteira

Durante o 15º Encontro Técnico do Leite, que acontece nos dias 14 e 15 de maio em Campo Grande, serão debatidos diversos assuntos para a melhoria da produção leiteira em Mato Grosso do Sul. Um deles é a palestra “Cooperativismo na Pecuária Leiteira”, proferida por Haroldo Max de Souza, presidente da Central de Laticínios de […]

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Durante o 15º Encontro Técnico do Leite, que acontece nos dias 14 e 15 de maio em Campo Grande, serão debatidos diversos assuntos para a melhoria da produção leiteira em Mato Grosso do Sul. Um deles é a palestra “Cooperativismo na Pecuária Leiteira”, proferida por Haroldo Max de Souza, presidente da Central de Laticínios de Goiás – Centroleite.

De acordo com o palestrante, há muitas vantagens para o produtor se organizar em cooperativa.  “A principal é que o produtor se torna associado do negócio e, como tal, tem direito a voto e a participação nos resultados. No caso específico do leite, há alguns outros benefícios, como o fortalecimento dos produtores frente ao mercado globalizado; o acesso à assistência técnica em zootecnia, qualidade de leite e manejo do gado; a assistência veterinária individualizada, com acompanhamento intensivo dos resultados e orientações nas áreas de genética, alimentação, clínica, manejo e instalação. Além disso, não podemos esquecer o controle sanitário e zootécnico dos rebanhos; a disponibilidade de insumos necessários à atividade; a segurança nos serviços de comercialização da produção, com remuneração adequada ao produtor; e rações com ótima relação custo/benefício para o produtor.”

Por meio da cooperativa, o associado consegue reduzir os custos de transações comerciais para aquisição de máquinas e suprimentos. Muitas vezes, a cooperativa também consegue atender às demandas dos associados oferecendo infraestrutura e todo o apoio para sua produção, desde equipe técnica de profissionais do segmento até um silo graneleiro ou até busca por linhas de crédito mais acessíveis.

Haroldo Max de Souza ainda comenta o exemplo em Goiás, em que a posição adotada pela Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano – Comigo, que possibilitou garantia de renda e contribuição para o desenvolvimento econômico dos cooperados. Em levantamento que compreende o período de 1997 a 2003, foi observada queda de quase seis pontos percentuais de cooperados com renda mensal de cerca de R$1.200,00 (de 14,42% para 8,31%) e, em contrapartida, aumento da quantidade de cooperados com salário de R$2.400,00 a R$4.800,00.

“O setor de leite cresce ao longo dos anos e neste processo, os produtores de leite não se profissionalizaram nem investiram na gestão dos negócios e, por isso, a atuação da cooperativa é importante”, enfatiza Max de Souza.

Em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Censo da Organização das Cooperativas Brasileiras no MS – OCB/MS, há 12 cooperativas no Estado. Oito foram pesquisadas pelo Censo, que divulga em seus estudos que, as cooperativas de leite de MS produzem anualmente cerca de 50 milhões de litros de leite e têm crescido em média 10% ao ano.

O Encontro Sul-mato-grossense da Qualidade do Leite acontecerá em Campo Grande, nos dias 14 e 15 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no auditório Manoel de Barros. O evento tem expectativa de receber mil participantes e será realizado com o Sindicato Rural de Campo Grande. As inscrições estão abertas e até o dia 10 de maio, o valor é de R$ 50,00.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural — Senar, é uma instituição mantida pela classe patronal rural, vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Tem o objetivo de desenvolver ações educativas, que visam o desenvolvimento do homem rural como cidadão e como trabalhador, numa perspectiva de crescimento e bem-estar social. www.senarms.org.br

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