Brasil enfrenta maior déficit de qualificação nas Américas

Quase seis em 10 empregadores brasileiros dizem ter dificuldade para preencher vagas de trabalho devido à falta de profissionais qualificados, o maior índice das Américas, revelou uma pesquisa da empresa líder em recursos humanos ManpowerGroup. A Manpower afirmou que a falta de candidatos qualificados significa que 57 por cento dos empregadores brasileiros reportaram dificuldade…

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Quase seis em 10 empregadores brasileiros dizem ter dificuldade para preencher vagas de trabalho devido à falta de profissionais qualificados, o maior índice das Américas, revelou uma pesquisa da empresa líder em recursos humanos ManpowerGroup.

A Manpower afirmou que a falta de candidatos qualificados significa que 57 por cento dos empregadores brasileiros reportaram dificuldade em preencher as posições disponíveis, enquanto a média global é de 34 por cento. Foi o terceiro índice no mundo depois de Japão e Índia.

“Como eles estão aumentando a sofisticação no chão de fábrica … o que você tem é o desemprego relativamente baixo e uma maior exigência de competências no trabalho”, afirmou o CEO da Manpower, Jeff Joerres, nesta segunda-feira.

“Você está tendo um abismo cada vez maior entre aqueles que estão disponíveis para o trabalho e aqueles que estão sendo contratados”.

A taxa de desemprego no Brasil atingiu a mínima de 4,7 por cento em dezembro e a corrida para completar a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 está criando problemas de recrutamento. A Manpower estima que só o mundial de futebol irá criar 700 mil novas vagas de trabalho.

Joerres, falando durante o Fórum Econômico Mundial sobre América Latina, disse esperar que o desemprego no Brasil, que registrou 5,7 por cento em fevereiro, se estabilize se o real se manter nos níveis atuais.

A pesquisa de 2011 sobre a escassez de talentos mostrou que os empregadores norte-americanos estão em segundo lugar nas Américas em relação à falta de profissionais qualificados para preencher vagas.

Cinquenta e dois por cento dos empregadores norte-americanos disseram que isso era um problema, seguidos pelos argentinos, com 51 por cento, e pelos mexicanos, com 42 por cento.

 

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