Bancários ameaçam greve em 28 municípios do Estado para a próxima terça-feira
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região decidiu em Assembléia Geral Extraordinária, na noite desta quarta-feira (12), pela paralisação a partir da zero hora do próximo dia 18, terça-feira. A greve seguirá por tempo indeterminado, conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, diante do impasse nas negociações com a Fenaban. […]
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O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região decidiu em Assembléia Geral Extraordinária, na noite desta quarta-feira (12), pela paralisação a partir da zero hora do próximo dia 18, terça-feira. A greve seguirá por tempo indeterminado, conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, diante do impasse nas negociações com a Fenaban. Uma nova assembleia será realizada no dia 17, para organizar a paralisação.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Iaci Azamor Torre, a categoria vem negociando há dois meses com os bancos. “Infelizmente eles desconsideram nossas reivindicações. Por este motivo optamos pela paralisação.”, explica.
O Comando Nacional considerou insuficiente a proposta dos bancos apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, o que significa aumento real de 0,58%. Em nova rodada de negociação realizada no dia 4 de setembro, a Fenaban frustrou a expectativa dos bancários e não apresentou nenhuma nova proposta, forçando o Comando a orientar os sindicatos pelo encaminhamento da greve.
A região compreendida pelo sindicato abrange 28 municípios do Estado. São 148 agências, sendo 100 apenas em Campo Grande. A categoria responde por 2.900 bancários.
“Aguardamos uma proposta decente, por isso estamos aptos a conversamos com os bancos antes da deflagração da greve.”, reitera.
A Contraf-CUT enviou carta à Fenaban na quarta-feira 5 de setembro para informar sobre o calendário de mobilização aprovado pelo Comando e reafirmar que os sucessivos resultados positivos dos bancos permitem atender às demandas dos bancários.
“Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 50,7 bilhões de lucro líquido em 2011, com uma rentabilidade de 21,2%, a maior do mundo. No primeiro semestre deste ano, as mesmas instituições apresentaram lucro líquido de R$ 24,6 bilhões, maior que em igual período do ano passado, mesmo com o provisionamento astronômico de R$ 37,34 bilhões para pagamento de devedores duvidosos, incompatível com a situação real de inadimplência”, afirma ainda o texto, assinado por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Nesta sexta-feira (13), funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil negociarão suas reivindicações, pois, conforme Iaci, possuem pontos específicos de solicitações.
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