Pular para o conteúdo
Geral

Segundo MPF, 93% da água de assentamentos de Corumbá e Ladário tem coliformes fecais

De todas as 43 fontes de abastecimento de água dos assentamentos rurais da região de Corumbá e Ladário, em Mato Grosso do Sul, 40 estão contaminadas por coliformes fecais e totalmente impróprias para consumo. Os exames foram realizados em maio deste ano, atendendo recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que encontrou indícios de contaminação nos […]
Arquivo -

De todas as 43 fontes de abastecimento de água dos assentamentos rurais da região de e , em Mato Grosso do Sul, 40 estão contaminadas por coliformes fecais e totalmente impróprias para consumo. Os exames foram realizados em maio deste ano, atendendo recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que encontrou indícios de contaminação nos poços de um assentamento.

A análise foi realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Secretaria Estadual de Saúde nos assentamentos rurais das duas cidades. Os resultados revelaram presença da bactéria Escherichia coli, que é indicativo de contaminação da água com fezes humanas. Uma variante agressiva dessa bactéria já matou 23 pessoas na Europa este ano.

A água de cisternas, poços, minas, cavaletes, caixas d’água, reservatórios e até lagos dos assentamentos Tamarineiro I e II, Tamarineiro Sul, Taquaral, Jacadigo, Paiolzinho, São Gabriel e Urucum foi analisada. Ao todo, foram 43 fontes das quais apenas três têm água própria para consumo humano. As outras 40 fontes estão contaminadas por coliformes que indicam contaminação por fezes. Com a ingestão de água contaminada, as famílias desses oito assentamentos estão seriamente expostas a inúmeras doenças.

Em 2008, uma amostra coletada no assentamento Tamarineiro II e analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) já apresentava nível elevado de bactérias. A análise considerou que a água põe em risco a saúde dos moradores, sendo imprópria para consumo humano.

Problemas relacionados à água são recorrentes nos assentamentos da região de Corumbá e Ladário.

Em 2009, o sistema de abastecimento de  água do assentamento São Gabriel em Corumbá, construído com verba federal de 400 mil reais, parou de funcionar completamente tendo apenas dois anos de existência. 300 famílias do assentamento passaram a ser abastecidas de forma precária por caminhões-pipa e um pequeno brejo existente no local. Até hoje a maior parte dos assentados não recebe água dessa rede de abastecimento. Em 2010, 58 famílias ficaram sem água durante quase um mês por conta de problemas no poço de um setor do assentamento Tamarineiro II-Sul.

A Procuradoria da República em Corumbá estuda medidas a serem adotadas para solução desse grave problema de saúde pública.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Conversão à esquerda em rotatória termina com acidente entre carro e moto no Parque dos Poderes

Juventude AG conquista medalhas no Meeting Paralímpico de Atletismo

Grupo de dança de Goiás apresenta espetáculo e ministra oficina gratuita em Campo Grande

‘Perda gigantesca’: Amigos e familiares lamentam morte de casal em acidente na BR-262 em MS

Notícias mais lidas agora

Juiz diz que há indícios de corrupção em contrato de R$ 59 milhões com empresa do Sigo

Grupo criminoso de São Paulo que furtou apartamento de luxo em Campo Grande é alvo de operação

CBF confirma: Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira

carne frigorifico

MS registra exportação de 123,4 mil toneladas de carnes e derivados até abril de 2025

Últimas Notícias

Mundo

Índia e Pasquistão vão discutir manutenção do cessar-fogo

O primeiro acordo de cessar-fogo aconteceu no último sábado, 10, com mediação do governo norte-americano

Política

“Segurança também é direito de quem vive nas ruas”, diz representante nacional em Campo Grande

Presença da representante marcou audiência pública, proposta pela vereadora Luíza Ribeiro (PT)

Brasil

TRF-5 julgará ex-prefeito de Recife acusado de fraude na pandemia de covid-19

Ex-prefeito é investigado na Operação Desumano

Cotidiano

Com alta procura em Campo Grande, uso de canetas emagrecedoras pode trazer graves riscos à saúde

Apesar de ainda serem vendidos sem receita, medicamentos com efeito emagrecedor podem provocar efeitos colaterais que comprometem a saúde de pacientes