Famílias de presidiários em MS receberam neste ano R$ 2 milhões de auxílio-reclusão
Benefício é concedido às famílias das pessoas que contribuíam com a Previdência Social quando detidos; de janeiro a julho auxílio alcançou ao menos 4 mil famílias
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Benefício é concedido às famílias das pessoas que contribuíam com a Previdência Social quando detidos; de janeiro a julho auxílio alcançou ao menos 4 mil famílias
De janeiro a julho de 2011, a Previdência Social emitiu mais de R$ 2 milhões para 4.088 beneficiários do auxílio-reclusão em Mato Grosso do Sul. Os familiares de presos em regime fechado ou semiaberto que eram vinculados à Previdência Social no momento da prisão, têm direito a receber o benefício.
Durante todo o ano de 2010, 6.674 familiares de presidiários receberam o auxílio-reclusão, o que somou um total de R$ 4.199.937,27. O valor recebido varia de acordo a média do salário do trabalhador no momento da prisão, em julho de 2011, o teto de contribuição era de R$ 862,60.
O chefe do serviço de benefícios da gerencia executiva do INSS da Capital, Nivaldo Zuardi explica que não é exigido tempo mínimo de contribuição para ter direito a receber o benefício, mas é preciso estar vinculado a previdência no momento da prisão.
Para conseguir o auxílio é preciso apresentar documento de identidade, número de identificação do Trabalhador, Cadastro de Pessoa Física e documento que comprove a prisão. O benefício é concedido em uma ordem, primeiramente para o cônjuge, depois filhos, pais e irmãos.
A doméstica Ana Regina Ferreira, de 35 anos, mãe de dois filhos e esposa de um presidiário recebe o benefício a quatro anos. Seu marido foi preso após matar sete pessoas.
A beneficiária explica que o marido era marceneiro contratado por uma empresa de construção civil e tinha uma vida pacata, mas acabou se envolvendo em uma briga com vizinhos e acabou matando três pessoas. Ele ficou foragido e acabou se envolvendo em mais brigas e matou outras quatro pessoas.
Ela argumentou que não sabia que tinha esse direito de receber o auxilio, mas conversou com uma defensora pública que entrou com o processo e ela conseguiu o beneficio.
Ana Regina deve receber o auxílio por sete anos, quando o marido deverá sair da prisão. “Eu trabalho como doméstica em casa de família e recebo dois salários mínimos de ajuda por meu marido estar preso. Juntando o que eu ganho com o auxílio eu consigo ter uma vida boa com meus filhos. Não falta comida e da até para ter alguns luxos, como ir no cinema e comprar um computador”, enfatiza.
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