Cansados de esperar pelo poder público, pais constroem salas de aula em assentamento

Nem o governador André Puccinelli (PMDB), nem o prefeito Flávio Kayatt (PSDB). Cansados de esperar pelo poder público, foram os moradores do Assentamento Itamarati I que se mobilizaram para ampliar a Escola Estadual Carlos Pereira, localizada no Movimento dos Sem Terra (MST), em Ponta Porã. Falta de carteiras e alunos estudando na varanda por falta […]

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Nem o governador André Puccinelli (PMDB), nem o prefeito Flávio Kayatt (PSDB). Cansados de esperar pelo poder público, foram os moradores do Assentamento Itamarati I que se mobilizaram para ampliar a Escola Estadual Carlos Pereira, localizada no Movimento dos Sem Terra (MST), em Ponta Porã.

Falta de carteiras e alunos estudando na varanda por falta de espaço levaram a comunidade a tomar a iniciativa de construir, por conta própria, mais quatro salas de aula. Duas estão em obras e outras duas já estão sendo usadas, mesmo sem acabamento.

Quando o governador André Puccinelli esteve no Assentamento Itamarati para inaugurar a Escola Nova Itamarati, a direção da Escola Estadual Carlos Pereira entrou em contato e encaminhou ofício ao governador, solicitando a construção de mais salas de aula. A diretora Rosimeire da Silva recebeu uma resposta positiva, de que seu pedido seria atendido. Nada aconteceu desde então.

Sem ver o pedido atendido e não tendo a quem recorrer, a comunidade decidiu tomar as rédeas. Alunos, professores, pais de alunos e moradores das comunidades próximas da escola, que fica distante cerca de 20 quilômetros dos núcleos urbanos, colocaram a mão na massa e estão construindo mais quatro salas. Os recursos para custear a obra foram obtidos através de festas, bazares comunitários, rifas, bingos, entre outros eventos. A comunidade também contribuiu com doações.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) doou a estrutura e a cobertura, que foram retiradas de armazéns demolidos e que estavam apodrecendo ao relento. Apesar do esforço dos moradores para bancar a construção, há outras necessidades que precisam ser supridas, segundo os pais de alunos.

A escola precisa de carteiras e móveis para a secretaria, já que os professores têm que trabalhar em cadeiras improvisadas com caixotes. Faltam ainda funcionários para a limpeza, cozinha e inspetores. A Escola Carlos Pereira é a mais prejudicada em dias de chuva, uma vez que as estradas de acesso não foram recuperadas na parceira que havia sido firmada entre o Incra e a Prefeitura de Ponta Porã.

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