Resgate era única saída para o Panamericano, diz FGC

O único pedido de Silvio Santos durante os 26 dias em que negociou socorro financeiro para o Panamericano foi a permissão para vender o SBT por último. Em troca de R$ 2,5 bilhões para o banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) exigiu todo o patrimônio do apresentador como garantia – e compromisso de que as empresas sejam vendidas nos próximos anos até a liquidação da dívida. S…

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O único pedido de Silvio Santos durante os 26 dias em que negociou socorro financeiro para o Panamericano foi a permissão para vender o SBT por último. Em troca de R$ 2,5 bilhões para o banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) exigiu todo o patrimônio do apresentador como garantia – e compromisso de que as empresas sejam vendidas nos próximos anos até a liquidação da dívida. Silvio foi atendido e poderá vender o SBT no último dos dez anos que terá para devolver o dinheiro

O único pedido de Silvio Santos durante os 26 dias em que negociou socorro financeiro para o Panamericano foi a permissão para vender o SBT por último. Em troca de R$ 2,5 bilhões para o banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) exigiu todo o patrimônio do apresentador como garantia – e compromisso de que as empresas sejam vendidas nos próximos anos até a liquidação da dívida. Silvio foi atendido e poderá vender o SBT no último dos dez anos que terá para devolver o dinheiro.

Gabriel Jorge Ferreira, presidente do conselho do FGC, afirma que a operação de resgate era a única saída para Silvio, mas foi importante também para o sistema financeiro.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Ferreira disse que ficou sabendo do problema no Panamericano por meio do diretor executivo do FGC, e Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva, que tinha sido procurado pelo controlador (Silvio Santos).

Questionado se dá para confiar no balanço das empresas do Silvio Santos depois de tudo que aconteceu, avalia que “tem de acreditar nos balanços apresentados. Não temos nenhuma razão para deixar de acreditar que a avaliação das auditorias reflete a situação das empresas”.

O presidente do conselho do FGC afirma não ter informações de que o Banco Central culpou as auditorias por não terem detectado as fraudes no Panamericano. “Não vi o BC dizer isso. Mas, para saber se o auditor falhou ou se houve omissão, é preciso um trabalho de auditoria para entender o que aconteceu”.

Ferreira afirma que a “alternativa que o Banco Central usava antes seria a liquidação. Decretar a liquidação você sabe muito bem o que é: traria um trauma para o mercado, perda de confiabilidade no sistema financeiro, a percepção externa ruim… O Panamericano não era uma instituição de grande porte. Tinha um porte importante, um porte médio. Era uma instituição de visibilidade no mercado em que atuava. Então, seria altamente danoso para o sistema financeiro, para a economia brasileira, se houvesse um incidente como a decretação da liquidação ou de intervenção”.

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