“Quem tem medo da boca do Artuzi?”, questiona Zeca

O candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, visitou nesta manhã o delegado da Polícia Federal, Braúlio Gallone, o chefe da Uragano, operação que pôs 28 pessoas na cadeia, um deles o prefeito da cidade, Ari Artuzi, do PDT, por suposta ligação com um esquema de […]

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O candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, visitou nesta manhã o delegado da Polícia Federal, Braúlio Gallone, o chefe da Uragano, operação que pôs 28 pessoas na cadeia, um deles o prefeito da cidade, Ari Artuzi, do PDT, por suposta ligação com um esquema de corrupção na cidade.

Zeca, ao lado da candidata a vice Tatiana Ujacow e do deputado federal Dagoberto Nogueira, candidato ao Senado, pediu ao delegado que as empreiteiras CGR e a Financial, implicadas no caso, e que mantêm contratos milionários com as prefeituras de Campo Grande e Três Lagoas, deveriam ser investigadas em todos os contratos com a administração pública.

Zeca do PT disse em coletiva de imprensa, que o prefeito de Dourados poderia ser incluído no conhecido delação premiada, regime que reduz a pena do acusado que contribui com as investigações.

“Afinal, quem é que tem medo da boca de Artuzi?”, questionou o candidato deixando a entender que o prefeito detido desde a quarta-feira em Campo Grande sabe de mais coisas que poderiam contribuir com a apuração da PF.

Zeca disse também que possui um levantamento de todos os contratados envolvendo a CGR e a Financial e que essas informações serão encaminhadas ao MPF (Ministério Público Federa) e ao Ministério da Justiça.

Em Dourados, a CGR pavimenta o anel viário construído ao arredor da cidade e, segundo a PF, a empresa pagava 10% ao prefeito sobre o valor do contrato.

A investigação policial revelou que era uma prática comum a empreiteira pagar propina ao prefeito em troca de obras. A Financial, que também dava dinheiro ao prefeito, explora o serviço de coleta de lixo no município.

De acordo com Zeca do PT, a CGR toca obras em Três Lagoas no valor de R$ 500 milhões. “Se agiam [empreiteiras] assim aqui, elas terão de ser investigadas em todas as localidades que têm contratos com as prefeituras”, disse o candidato petista.

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