PT também mira disputa pela prefeitura de Dourados

Possibilidade de eleição fora de época por conta da prisão de Artuzi já mobiliza também o PSDB, PMDB, PV, DEM e PDT

A possibilidade de uma nova disputa eleitoral para a escolha de prefeito e vice-prefeito de Dourados é assunto obrigatório na classe política do município de dez dias para cá. Até o fim da semana passada, se interessavam no assunto com pretensões maiores o PSDB, PMDB, DEM, PDT e o PV. Já entre sábado e domingo, o desejo de concorrer o mandato parece ter atraído também o desejo dos petistas.

Eleição em Dourados, segunda potência econômica de MS, depende de duas situações: se o prefeito Ari Artuzi, preso desde setembro passado por corrupção, segundo a Polícia Federal, pedir a renúncia, ou se a Câmara dos Vereadores da cidade cassar o mandato dele e do vice-prefeito Carlinhos Cantor, do PR, também preso, ainda neste ano.

Artuzi, a mulher dele, o vice e 9 dos 12 vereadores foram detidos no dia 1º de setembro durante a Uragano, operação da PF que desmantelou uma quadrilha que fraudava licitações públicas. Artuzi seria o chefe do esquema.

O prefeito já foi afastado judicialmente e, no lugar dele assumiu a presidente da Câmara, Délia Razuk, do PMDB. A vereadora seria a candidata dos peemedebistas. Já o DEM pensa em lançar o vice-governador Murilo Zauith.

O PT, por meio de seu presidente municipal, Tenente Pedro Ferreira, já mostrava interesse na disputa há umas duas semanas. Antes da desastrosa administração de Artuzi, o PT comandou a prefeitura por dois mandatos conquistados pelo professor Laerte Tetila, eleito deputado estadual em outubro.

“Se não houver eleição em Dourados definitivamente veremos uma afronta a democracia”, disse ele em entrevista ao Midiamax. Já nesse fim de semana, o comentário entre os petistas era o de lançar candidatura própria.

O nome do professor universitário aposentado, Wilson Biasotto, que já foi vereador e candidato do partido nas últimas eleições, seria um dos nomes já destacados pelo partido.

Até agora as siglas não debateram as eventuais alianças partidárias.