Marina nega que programa eleitoral mudará foco para ataques
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, negou na manhã desta terça-feira (31), em São Paulo, que a coordenação da sua campanha tenha elaborado mudança de orientação no conteúdo do seu programa de TV no horário eleitoral com foco no ataque aos adversários. Marina disse ainda ter confiança de que estará no […]
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A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, negou na manhã desta terça-feira (31), em São Paulo, que a coordenação da sua campanha tenha elaborado mudança de orientação no conteúdo do seu programa de TV no horário eleitoral com foco no ataque aos adversários. Marina disse ainda ter confiança de que estará no segundo turno, após café da manhã oferecido pela socióloga Neca Setúbal.
Marina evitou dar detalhes sobre o conteúdo do programa que será exibido nesta noite, que deve reforçar a mensagem de que os candidatos adversários apresentam um mundo “cor de rosa”. “Isso já estava colocado. As pessoas não podem achar que uma campanha é um processo linear. Você apresenta uma biografia do candidato e vai repetir a biografia durante toda a campanha? Não, tem um processo”, disse.
“O que eu estou dizendo no programa eleitoral é o que eu estou dizendo nos debates e aonde eu vou”, disse, negando que faça ataque aos adversários, mas contastações. Ela negou que o tom possa ser mais agressivo. “Não tem nenhuma mudança, continuo a mesma pessoa respeitosa só que agora usei uma metáfora”, disse, fazendo referência à afirmação de que para os candidatos adversários, “tudo está cor de rosa ou tudo vai ficar azul.” Marina não quis confirmar se vai usar esse conceito no programa. “Assistam o programa, para aumentar a minha audiência.”
Perguntada se a estratégia é uma nova postura para reagir às pesquisas, ela negou. “Nós estamos mantendo a nossa atitude. Presta a atenção na Marina, como diz o Fernando Meirelles. Se prestasse a atenção, veriam que não tem novidades”, disse.
Mulheres
No encontro, a candidata apresentou para as mulheres convidadas, entre elas educadoras e dirigentes de organizações não governamentais, as linhas do seu programa de governo. Neca é amiga de Guilherme Leal, vice de Mariana, e participou do grupo responsável pelas diretrizes programáticas da candidatura do PV.
Para as mulheres, Marina afirmou que não deve haver ‘pressa’ para a definição da eleição porque ela [a pressa] é “inimiga do aperfeiçoamento da democracia”. Marina voltou a lamentar a ausência, na disputa pela Presidência da República, do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que chegou a ser apresentado como pré-candidato, mas desistiu depois que o PSB decidiu integrar a coligação de apoio a Dilma Rousseff (PT).
Afirmando ter confiança na possibilidade de chegar ao segundo turno, Marina disse que os militantes não devem se render às circunstâncias. “Quem tem disposição de lutar até com traço, com 8% e 10 % a gente vai para o segundo turno”, disse.
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