Lula recusou plano de Ramez Tebet e ficou sem reajuste salarial

Ao defender o reajuste salarial para Dilma Rousseff e congressistas, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva contou ter sido “sacaneado” em 2002 quando se elegeu e revelou ter recusado sugestão do então presidente do Senado Ramez Tebet (PMDB-MS), falecido em 2006, para aumentar seus ganhos. Segundo reportagens da imprensa nacional, deputados e […]

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Ao defender o reajuste salarial para Dilma Rousseff e congressistas, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva contou ter sido “sacaneado” em 2002 quando se elegeu e revelou ter recusado sugestão do então presidente do Senado Ramez Tebet (PMDB-MS), falecido em 2006, para aumentar seus ganhos.

Segundo reportagens da imprensa nacional, deputados e senadores já defendem aumentar os próprios salários e, por tabela, reajustar também o da presidente eleita. Ontem, quando estava em Maputo, no Moçambique, Lula defendeu a idéia. O presidente argumentou que o fim da legislatura é o momento certo de aprovar aumento de salários.

“Vamos diminuir o ímpeto para a gente entender. Não há nenhuma novidade de que, no final de uma legislatura, eles aprovem o salário para a próxima legislatura. Isso é da Constituição. Somente no meu mandato eles fizeram uma sacanagem comigo. Em 2002, aprovaram (aumento) só para a Câmara e para o Senado”.

“Eu não reclamei porque, no dia 2 (de janeiro), o presidente do Senado, que era o Ramez Tebet, me procurou para dizer: ”presidente, tem uma brecha para a gente dar o seu aumento”. E eu respondi: ”olha, meu filho, pode deixar para lá porque eu não quero como primeira medida um aumento do presidente. Fique tranquilo””, contou.

Questionado se estaria deixando alguma herança de gastos para o próximo governo, em razão de a presidente eleita ter reclamado das bombas fiscais na primeira reunião de coordenação do governo de transição, Lula disse desconhecer isso. “Ela (Dilma) não me falou nada disso”.

“A Dilma, ela terá da minha parte toda a facilidade que for necessária para que a gente possa construir o melhor orçamento possível pra ela. A verdade é que nós temos compromissos de investimentos públicos e, se nós deixarmos restos a pagar, são restos de obras que estão em andamento. Portanto, não tem nenhum problema”, disse.

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