Governador pode ficar quase só no palanque de Serra

Lideranças expressivas do PMDB entre as quais, um senador, deputados federais, o prefeito da Capital, o vice e presidente da Câmara estão apoiando a petista Dilma Rousseff à presidência da República

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Lideranças expressivas do PMDB entre as quais, um senador, deputados federais, o prefeito da Capital, o vice e presidente da Câmara estão apoiando a petista Dilma Rousseff à presidência da República

Aliado ao candidato a presidente da República José Serra (PSDB), o governador André Puccinelli corre o risco de ficar quase sozinho no palanque do tucano em Mato Grosso do Sul. Líderes importantes de seu partido, o PMDB, são defensores declarados da petista Dilma Rousseff e já estão trabalhando por sua candidatura. Além do mais, uma ofensiva do vice de Dilma, o presidente da Câmara Federal, Michel Temer, no Estado, deve arrebanhar outros peemedebistas para o palanque do PT.

Ontem, o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) declarou que vai ajudar Temer e robustecer o palanque de Dilma com lideranças políticas locais. Ele, contudo, não acredita que tal atitude possa prejudicar o projeto de Puccinelli de tentar se reeleger. “O povo sabe diferenciar”, opina.

Nelsinho foi a primeira liderança expressiva do PMDB local a assumir publicamente seu apoio a Dilma. Depois dele, porém, tomaram partido a favor da petista o pai do prefeito, o deputado federal, Nelson Trad, o senador Valter Pereira que, aliás, foi incumbido de preparar a vinda de Temer, o vice-prefeito da Capital, Edil Albuquerque, que acompanha a decisão de Nelsinho e o presidente da Câmara de Vereadores Paulo Siufi.

Além deles, dois nomes que estavam indecisos na bancada federal podem ter se inclinado a Dilma, mesmo antes da investida de Temer em Mato Grosso do Sul. O deputado federal Geraldo Resende confirmou ao Midiamax que apoiará a petista Dilma Rousseff.

Colega de Resende, Marçal Filho, ainda não informou sua decisão. Neste sábado, a reportagem tentou contato com ele por meio de assessores, mas ainda não recebeu retorno.

Porém, ao lado de Puccinelli e Serra devem continuar nomes como o presidente do partido Esacheu Nascimento e o deputado federal Waldemir Moka que sempre foi defensor da aliança com Serra por considerar que tal escolha seria mais coerente. PT e PMDB são adversários históricos no Estado. Já os tucanos são antigos parceiros.

Apesar de sua escolha por Serra, o próprio Puccinelli, ainda não incorporou o papel de cabo eleitoral do tucano, tanto que tem sido cobrado até pela imprensa nacional que, nesta semana, divulgou suspeita de que o governador possa deixar Serra de fora da propaganda eleitoral.

De fato, até aqui, André deu poucos sinais de que tenha se empolgado com o presidenciável. Seu material de campanha e seu blog oficial não fazem qualquer menção a Serra.

Intimação

Temer pretende fazer uma agenda ampla em Campo Grande, além de se reunir com peemedebistas, ele quer conversar também lideranças de outros partidos que apoiam a candidata. O tom do encontro com o PMDB, conforme relato de Valter Pereira, será de intimação. “Mesmo que o governador esteja apoiando Serra, Temer pedirá aos que peemedebistas que tem compromisso com o partido que apoiem Dilma”, comenta o senador.

A data não está confirmada, mas a expectativa é de que a visita de Temer ocorra antes da visita presidencial pré-agendada para 24 de agosto. Os petistas que tentam trazer Dilma junto com o presidente já conseguiram uma sinalização positiva por parte da assessoria dela e aguardam a confirmação definitiva.

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