EUA anunciam libertação de 30 haitianos que fugiram após terremoto

O governo dos Estados Unidos confirmou hoje que vai libertar cerca de 30 haitianos vítimas do terremoto que assolou o país caribenho em janeiro deste ano e que estavam sob custódia em um centro de detenção na Flórida. Segundo o jornal “The New York Times”, essas pessoas, algumas delas resgatadas de escombros e que sofreram […]

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O governo dos Estados Unidos confirmou hoje que vai libertar cerca de 30 haitianos vítimas do terremoto que assolou o país caribenho em janeiro deste ano e que estavam sob custódia em um centro de detenção na Flórida.

Segundo o jornal “The New York Times”, essas pessoas, algumas delas resgatadas de escombros e que sofreram ferimentos graves, não conseguiram vistos para entrar nos EUA, e foram detidas por autoridades do setor de imigração.

O porta-voz do Departamento de Segurança Nacional (DHS) americano, Matthew Chadler, afirmou nesta quinta-feira que o grupo não será enviado de volta ao Haiti, já que o governo do presidente Barack Obama suspendeu por enquanto todos os processos de deportação àquele país.

A liberdade dos haitianos, no entanto, pode ser provisória. Segundo Chadler, “eles poderão permanecer [nos EUA] até que os processos de deportação sejam reiniciados”.

Pobreza

O Haiti foi devastado por um terremoto no último dia 12 de janeiro, que deixou mais de 230 mil mortos e 2 milhões de desabrigados.

Antes da catástrofe, no entanto, o país já era o mais pobre das Américas, com altos índices de desemprego e analfabetismo e uma população de 9 milhões, com quase 80% vivendo com menos de 2 dólares por dia.

Estimativas dos danos totais causados pelo terremoto estão entre US$ 8 bilhões e US$ 14 bilhões.

Reconstrução

A conferência internacional de doadores ao Haiti, realizada ontem, em Nova York, anunciou US$ 5,3 bilhões (R$ 9,4 bilhões) em doações para ajudar na reconstrução do Haiti nos próximos dois anos, um valor “muito além da expectativa” do secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon.

“Temos muito boas notícias”, disse o líder da ONU ao anunciar o resultado da reunião dos representantes de 138 países e de organismos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.

Os países se comprometeram, ainda, a doar um total de US$ 9 bilhões (R$ 16 bilhões) nos próximos três anos ou mais.

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