Classificação do Paraguai leva descendentes e colônia para ruas

Torcedores paraguaios comemoram com festa na Colônia e em bairros da Capital êxito da “Albirroja”

Inúmeros bairros de Campo Grande se vestiram de azul e vermelho nesta manhã de quinta-feira (24). A comemoração pela classificação da “Albirroja”, como chamam a Seleção do Paraguai, para próxima fase da Copa do Mundo levou muitos paraguaios e descendentes para as ruas e mostra a presença da colônia na Capital.

No bairro Pioneiros, a Associação da Colônia Paraguaia ficou lotada com a torcida organizada que acompanhou o empate do time paraguaio com a Seleção da Nova Zelândia. Cerca de cem pessoas assistiram à partida ao som de muita polca.

O pré-candidato do PT ao governo, ex-governador Zeca do PT, que nasceu na fronteira com o Paraguai, acompanhou a partida na associação.

Nadir Rodriguez, 63 anos, é descendente de paraguaios e acompanhou atenta ao jogo. Com uma bandeira do país vizinho em uma das mãos e um terço católico na outra, a torcedora disse que a classificação pode ser considerada uma conquista.

“Morei mais de 40 anos em São Paulo e agora, de volta ao MS, me sinto em casa com essa comunidade paraguaia alegre e festiva”, comentou.

“Hoje sou Paraguai de corpo e alma”

Sobre o fato de ter duas seleções para torcer durante o mundial de futebol, Nadir diz que não há problemas. “Amanhã eu sou Brasil, mas hoje sou Paraguai de corpo e alma. Tenho duas alegrias”, explica.

Já Romualdo Flores Miranda, de 62 anos, comemorou a classificação ao lado da esposa, Rosa Galeano Flores, de 61 anos e destacou o feito da seleção paraguaia. Festejando na Colônia Paraguaia, Romualdo diz que espera chegar pelo menos à semifinal do Mundial da África do Sul.

“Chegar à final seria muita pretensão, porque acho que os favoritos para esse duelo são Argentina e Brasil, mas se ficarmos entre os semifinalistas, já é espetacular”, conclui.