Advogados adiam pedido de habeas corpus a governador
Um dia após a “Operação Mãos Limpas” da Polícia Federal ter prendido 18 pessoas no Amapá, entre elas o governador e candidato à reeleição Pedro Paulo Dias (PP), o candidato a vice na chapa dele, Alfredo Góes (PDT), afirmou neste sábado (11) que a campanha formada por ele e Pedro Paulo é “ficha limpa” e […]
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Um dia após a “Operação Mãos Limpas” da Polícia Federal ter prendido 18 pessoas no Amapá, entre elas o governador e candidato à reeleição Pedro Paulo Dias (PP), o candidato a vice na chapa dele, Alfredo Góes (PDT), afirmou neste sábado (11) que a campanha formada por ele e Pedro Paulo é “ficha limpa” e disse não ter dúvida que a justiça “triunfará”.
Alfredo Góes participou de um ato político em frente à Fortaleza de São José de Macapá em defesa de Pedro Paulo e de Waldez Góes (PDT), ex-governador e candidato ao Senado, que estão presos desde sexta-feira (10) pelo suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos no estado.
Desde o final da tarde, centenas de militantes se reuniram em frente ao ponto turístico de Macapá aguardando o ato. Os políticos chegaram já de noite e o discurso de Alfredo encerrou o ato procurando motivar os militantes. “Nós não temos medo de nenhuma coerção. Nós somos ficha limpa, sim senhor, e no dia 3 de outubro vamos mostrar isso”, afirmou Góes, que deixou o local sem falar com a imprensa.
O candidato a vice manifestou a esperança de que em breve Pedro Paulo, Waldez e Marília Góes, esposa de Waldez e candidata a deputada, retornem para Macapá e retomem suas campanhas. “Tenho certeza que vamos receber daqui alguns dias Pedro Paulo, Waldez e Roriz com uma grande festa. Não temos dúvida de que a justiça triunfará”.
Durante seu discurso, o candidato a vice afirmou que não se pode considerar que os aliados estejam presos. Segundo ele, o que está ocorrendo é apenas uma “condução coercitiva”. O Superior Tribunal de Justiça, no entanto, define a situação como prisão temporária, que tem prazo de cinco dias, prorrogáveis por igual período. Ele questionou ainda que objetivos podem estar por trás da Operação.
“A quem interessa desequilibrar o jogo democrático, o desequilíbrio das eleições e manchar a imagem do nosso estado no país e no mundo? (…) Isso interessa àqueles que querem ver o Amapá fracassar”, afirmou Alfredo Góes.
A esposa de Pedro Paulo Dias, Denise, também discursou. Ela destacou que o momento era de sofrimento para sua família e conclamou os militantes a continuarem a campanha do marido: “Tenho certeza que isso não só vai nos fortalecer como nossa vitória que já era bonita será ainda mais.”
Antes e depois dos discursos o som que animava os militantes era o jingle de Pedro Paulo, que tem como slogan “O que é bom vai continuar”. No meio do ato diversos carros com adesivos dos candidatos presos foram marcados com a palavra “perseguição”. Um dos militantes presentes, Sanderlly Chermont, policial militar do estado, afirmou que não há provas contra os presos.
“É muito fácil acusar. A Polícia Federal fez inúmeras operações e não tem resposta de nada até hoje. Tem que se provar quem é o culpado e eu tenho certeza que o Pedro Paulo, o Waldez e a Marília não tem nada com isso”, afirmou Sanderlly.
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