Fim de jogo no Jacques da Luz, em Campo Grande, e o Operário não conseguiu sair com a vitória diante de sua torcida, na segunda partida pela Série D do Campeonato Brasileiro. Após fazer primeiro tempo melhor que o Monte Azul, a equipe do interior paulista buscou o empate no segundo tempo.
O jogador ‘Kanela’, de cabeça, abriu o placar no primeiro tempo, após rebote do escanteio, que foi cedido por ‘cera’ do goleiro. Ele ficou mais de 8 segundos com a bola na mão, a nova regra da FIFA), 30 min do primeiro tempo.
Mateus Bidick teve ainda duas chances claras de gol mas não marcou. “Nosso time fez mais uma vez uma grande partida, mas infelizmente pecamos mais uma vez nas finalizações. Acho que eu poderia sair daqui com a melhor partida com a camisa do Operário, mas infelizmente ficou de forma negativa, perdi duas ou três oportunidades claras de gol. A gente tem que ser homem e assumir a responsabilidade”.
O Operário sofreu o gol em um lance isolado, em um chute de fora da área. Tagarela marcou aos 22 do segundo tempo. No segundo tempo, o Monte Azul controlou mais a partida, apesar dos contra-ataques do Operário, que não resultaram em gol.
Vaias e xingamentos a Bidick
Em entrevista do Jornal Midiamax, o jogador Mateus Bidick , que entrou no segundo tempo, ainda fez desabafo, após ser vaiado e xingado pelos torcedores. “Eu acho que falta um pouco de apoio nesse momento difícil, eu já dei bastante alegria pra torcida. Acho que deveria ter pelo menos esperado o jogo começar para me xingar. Com todo o respeito que eu tenho a eles, eu também peço um pouco de respeito comigo também”.
O técnico do Galo, Leocir Dall’Astra lamentou novamente as várias chances que a equipe criou, mas não converteu em gols. “Fazer uma análise do jogo hoje, é muito triste, né? Tudo que a gente trabalha, tudo que a gente elabora, eu acredito que os jogadores precisam fazer. Isso é uma coisa, enaltecer ao grupo, porque estão fazendo assim. O que falta é aquela conclusão. E ali é qualidade, ali é precisão, é cabeça fria”.
Leocir lembrou também dos próximos adversários que o Operário ainda vai enfrentar e que não será tarefa fácil. “Mais uma vez, nós estamos deixando de somar três pontos. Pelo que nós jogamos, nós tínhamos que ter seis pontos na tabela. Mas hoje nós estamos, quem sabe, em último lugar de novo. E é complicado, porque nós vamos enfrentar adversários com muita qualidade”.
Falta de estrutura
Técnico do Operário ainda citou várias dificuldades, como a falta de recursos e de estrutura também. “Então a diretoria informar que não tem dinheiro em caixa para contratar um jogador de alto nível também da Série D, pensando em Série C, porque realmente não há recursos para isso? Tem que ter uma estrutura boa para trazer jogadores de qualidade, o jogador não vai trazer. O jogador que tem um mercado, que é jogador de qualidade, tem mercado, ele vai escolher onde? Vai jogar no terrão ou vai jogar em um time que tem um tapete? Ele vai escolher o tapete. Já é mais difícil trazer jogador, você tem que oferecer o dobro que os outros times oferecem pela estrutura”.