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Exclusivo: freiras do beatbox que viralizaram dão recado para MS no dia de Corpus Christi 

Reportagem conversou com as irmãs que 'ganharam o mundo' performando e mostrando seu talento artístico
Graziela Rezende -
Imagem das freiras viralizou e ganhou repercussão internacional. (Internet/Reprodução)

A reportagem poderia ter vários inícios, já que o vídeo das “freiras do beatbox” foi parar em todo canto e as reações foram inúmeras. Ou seja, gente do mundo inteiro — independentemente de religião — assistiu às irmãs performando, com uma dançando e a outra usando a boca para imitar baterias eletrônicas. Na ocasião, o diácono Giovane Bastos estava presente e se divertiu junto.

E nessa história de viralizar, desde o dia 20 de maio de 2025, elas foram muito além: milhões assistiram, compartilharam, comentaram, incluindo a atriz americana e produtora de cinema Viola Davis. Onde Marisa Neves e Marizele Rego, da Congregação Copiosa Redenção, imaginavam esta repercussão?

Na publicação, inclusive, Davis as compara com personagens dos famosos filme “Mudança de Hábito”, interpretado por Whoopi Goldberg, na década de 1990. Sendo assim, o que era uma participação no programa “Família de Amor”, da TV Pai Eterno, em , para falar sobre um Retiro Vocacional Feminino, abriu portas para as freiras até em veículos de comunicação internacionais.

Iniciando a outra semana, também foram destaque no programa “Fantástico”, da TV Globo, além do “Mais Você”, do Associated Press e do Today, dos Estados Unidos. A partir dali, uma assessoria de imprensa passou a acompanhá-las, marcando entrevistas, e é claro que o Jornal Midiamax não ia ficar de fora. O bate-papo foi muito agradável e é possível acompanhar a entrevista completa. Confira:

‘Dançávamos até limpando casa’, relembram irmãs

Tanto Marisa quanto Marizele ressaltaram que a sempre fez parte da vida delas, dançando ao lado das irmãs em diversos momentos, inclusive, enquanto estavam limpando casas. “Eu, com a minha irmã, sempre que tocava música mais animada, parava e ia dançar coreografias. Na minha adolescência também, participava de grupo de dança e, como católica, fiz primeira comunhão e crismã. Morava no sítio, lá a missa era uma vez por mês, só que, na juventude, fui para cidade e consegui engajar mais”, comentou Marisa.

Ao todo, ressalta que são 18 anos de experiência em retiro vocacional ao lado da Virgem Maria. “Em um dos momentos, ela falou comigo, me disse para seguir o filho dela e viver a intensidade e a vontade dele. E era a vida religiosa. E depois eu tinha o sonho de fazer uma faculdade, que era próximo das irmãs, em Campo Mourão (PR), então, pude olhar para o carisma e trabalho com jovens, dependentes de drogas, em uma comunidade terapêutica”, explicou Marisa.

(Redes Sociais/Reprodução)

Sendo assim, tanto a dança como a arte e o as aproximam das pessoas. “Senti que Deus já estava me conduzindo, até que fui para a Copiosa Redenção e tenho vivido esse dom que Deus me deu, que é da dança, porque a arte nos aproxima e faz criar vínculo, então, estou sempre em retiros com a juventude e, sempre que tem música mais animada, lá está eu dançando com os jovens”, brincou.

Marizele Rego, que já esteve na capital sul-mato-grossense algumas vezes e promete retornar em novembro, quando participará de um acampamento sênior na Paróquia Cristo Luz dos Povos, fala que está na Copiosa Redenção há 21 anos, onde também demonstra o seu talento com a dança.

Irmã Marisa. (Instagram/Reprodução)

“Eu sempre falo que, quando encontramos o nosso lugar, encontramos o nosso tesouro, encontramos o lugar que Deus deseja que a gente seja santo e essa busque a santidade. Posso te dizer que nem na infância, adolescência e juventude tive esse despertar, comigo aconteceu quando eu tinha 19 anos e cursava Medicina Veterinária. Me formei aos 21 e, naquele momento, Deus veio em auxílio na minha vida, porque minha mãe teve um câncer, diagnóstico de uma doença grave, e o médico havia dito ao meu pais: ‘Se acreditam em Deus, só ele, porque ela tem pouco tempo de vida'”, relembrou.

Na época, Marizele se questionava. “Como a ciência tem resposta para tantas coisas, é algo tão maravilhoso, um dom de deus, mas ao mesmo tempo não tem resposta para o tratamento da minha mãe? E quando o médico disse ‘Se acreditam em Deus, só ele’, eu não tinha tido a minha experiência pessoal com Deus ainda. Sempre fui católica, vim de um berço católico, mas, de certa forma, não havia tido a minha experiência ainda, não havia ouvido a voz de Deus próximo, encontrava um Deus muito distante”, argumentou.

‘Se curar a minha mãe, serei sua’: freira relembra experiência com Deus

No entanto, certo dia, em visita ao sacrário na igreja que participava, São Francisco de Asiss, em Umuarama (PR), eu falei: “Senhor, cura minha mãe e serei sua”. E, naqueles 10 dias, o tempo que nós ficamos esperando minha mãe ir para o tratamento, em , para ao menos ser tratada pelo médico especialista, tive uma experiência muito intensa com Deus.

“Eu o ouvia, ele falava, caminhava ao meu lado, realmente eu tive a minha experiência com Deus. E o médico clinicamente olhou para ela, em fase terminal, e pediu uma bateria de exames. Logo depois, a gente via a junta médica, faziam cara de assustados, até que o médico chegou para minha mãe e todos nós, dizendo que ela não estava com o câncer. Eles falaram: ‘Vamos investigar, é uma doença tratável, o primeiro caso do mundo e, inclusive, vamos usar como caso científico, de estudo'”, comentou.

Irmã Marizele. (Instagram/Reprodução)

Desde então, Marizele usa o testemunho. “Eu acredito, sinceramente, que foi a mão de Deus tocando e transformando todas aquelas células cancerígenas que a minha mãe tinha, então, foi um marco. E agora eu vivo a renovação, em grupos de oração, com os jovens, mergulhei na igreja que tanto amo. Aos 25 anos, ingressei na Copiosa. E quando terminei a faculdade, já me sentia outra pessoa, era como se eu não me reconhecesse mais. O meu desejo de ser toda de Deus era muito maior”, relembrou.

Já o beatbox, Marizele diz que o expressa há 25 anos. “É algo que a irmã Marisa disse, o meu caso é a mesma coisa, canto há 25 anos, desde a adolescência. Era eu limpando a casa, eu e irmãs. E trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade; então, estes instrumentos sempre foram usados para que estes vínculos se estreitassem. E lidar com a toxidade, ansiedade, abstinência, fissura, é algo muito díficil, então, é uma forma que temos de levar alegria aos nossos irmãos”, finalizou.

Leia também:

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