Tite deixa a Seleção e lamenta 2ª queda do Brasil sob seu comando: ‘Derrota dolorida’

Treinador da Seleção Brasileira deixa a equipe após seis anos de trabalho e duas copas

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Tite deixa a seleção (Foto: Divulgação/Fifa)

Após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, para a Croácia, chegou ao fim o trabalho de Tite à frente da Seleção Brasileira. Durante coletiva após a derrota, o técnico confirmou que deixará o cargo.

O treinador já havia dito que sairia do comando da equipe após o Mundial, mas reforçou sua posição nesta sexta-feira (9). Ao confirmar sua despedida, Tite disse estar tranquilo com sua decisão.

“Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo. Eu já havia colocado há mais de um ano e meio, não sou um cara de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar, quem me conhece sabe”, afirmou.

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Cobrança de pênaltis entre Brasil e Croácia (Foto: Divulgação/Fifa)

Apenas três derrotas

Este é o fim de um trabalho de seis anos e meio de Tite, com apenas três derrotas em jogos oficiais (Bélgica e Camarões na Copa do Mundo, e Argentina na Copa América). O técnico assumiu o Brasil no meio de 2016, e teve metade de um ciclo à sua disposição para a Copa do Mundo de 2018.

Na ocasião, o Brasil também caiu nas quartas de final, diante dos belgas. Desta vez, Tite teve um trabalho completo para tentar o título mundial, mas parou na mesma etapa do torneio.

“Agora, sim, foi um processo inteiro. Antes foi um processo de recuperação. Agora teve uma sequência inteira. O desempenho vocês fazem os comentários de vocês, estão aí para análise”, disse à imprensa.

“Todos somos responsáveis”

O treinador também compartilhou a tristeza do torcedor após mais uma eliminação na Copa do Mundo, mas valorizou a nova geração de jogadores que se apresentou na Copa.

“Dividimos alegria, dividimos a tristeza. Ninguém mais do que nós queria dar essa alegria. Nós estamos sentidos, com nossos familiares, conosco mesmo, e tem uma geração bonita surgindo. Ela vai se fortalecendo nas adversidades, no crescimento”, ponderou.

“Todos somos responsáveis, não tem hipocrisia de dizer que é só um, não coloquem herói ou vilão”, opinou.

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Neymar sendo consolado por Daniel Alves (Foto: Divulgação/Fifa)

Neymar

Uma dos tópicos mais quentes da repercussão do jogo entre Brasil e Croácia foi a decisão de deixar a quinta e última cobrança de pênalti para Neymar. Tido como o melhor batedor, o craque nem conseguiu se dirigir para a cobrança, porque a Seleção acabou sendo derrotada antes.

Em coletiva de imprensa, Tite afirmou que deixara Neymar para fazer o chute teoricamente mais decisivo da partida. “Ele é o quinto e decisivo pênalti. Fica com uma pressão maior o jogador que tem mais qualidade e o mental para fazer a cobrança”, contou.

Ao comentar suas decisões para o jogo desta sexta, o treinador explicou o que queria, mas mostrou compreensão com o sentimento de todos.

“Tu tens um jogador de qualidade técnica e individual, que é o Rodrygo. Tem um de lado de campo e individual, que é o Antony. O Pedro para conclusão. E o Alex Sandro entrando com o Militão sentindo cãibra, o desgaste do Paquetá. A jogada do gol nós construímos por dentro, com Rodrygo, com tabela curta. Mas eu entendo a dor e as críticas”, explicou.

Com a derrota para a Croácia nos pênaltis, o Brasil se despede da Copa do Mundo. Em 2026, no Mundial de EUA, Canadá e México, os pentacampeões completarão 24 anos sem conquistas.

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