Corinthians se vinga do Flamengo e vai à semifinal da Copa São Paulo

Revanche chegou para lavar a alma 

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Revanche chegou para lavar a alma 

A derrota nas penalidades para o Flamengo na grande final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2016 em pleno estádio do Pacaembu lotado ficou entalada na garganta dos corinthianos. Mas a revanche chegou para lavar a alma dos alvinegros.

Debaixo de chuva na Arena Barueri, o Timão virou para cima dos cariocas e garantiu sua vaga nas semifinais da principal competição de base do país com o placar de 2 a 1. Agora, o maior campeão da Copinha, com nove títulos, encara o Juventus, domingo, às 19h45, de novo em Barueri. Do outro lado da chave, Paulista e Batatais decidem quem avança à final em Jundiaí, às 10 horas.

E se a final do ano passado já rendeu muitas emoções e tensão até o último pênalti cobrado no Pacaembu, a história não foi muito diferente nesta quinta. Bastaram seis minutos de jogo para o clássico começar a pegar fogo, muito por culpa da saída atabalhoada do goleiro corinthiano Felipe em cima de Loncoln. Dener não desperdiçou a chance. Mas, sequer deu tempo para os torcedores do Flamengo comemorarem. No minuto seguinte, Pedrinho lembrou os velhos tempos que o futebol tinha pontas de lança e empatou a partida, levando a Fiel ao delírio.

O estádio voltou a explodir aos 12, quando uma poça d’água armou o contra-ataque do Timão. Mantuan, Marquinhos e Fabricio Oya triangularam e decretaram a virada, mas o auxiliar conseguiu enxergar um impedimento milimétrico e anulou o segundo gol da equipe do Parque São Jorge.

Assim foi durante toda a primeira etapa. Lá e cá. O Corinthians com mais posse e abusando das tabelas, enquanto os cariocas apostavam nas jogadas pelas laterais, principalmente pela direita, onde caíam Jean Lucas e Kléber. As ausências de Carlinhos e Renan Areias pelo lado dos paulistas, e de Hugo Moura, Vinicius Souza e Rafael, pelo lado dos cariocas, acabou ficando em segundo plano.

Foi dessa forma que Vinicius Júnior teve sua primeira grande oportunidade de colocar o rubro-negro na frente de novo, mas o atacante acabou errando o alvo, apesar de subir livre de cabeça. Como sempre, a resposta veio na sequência, e ai foi a vez de Marquinhos falhar na frente do gol. Gabriel Batista salvou com a perna.
Hora então de Felipe também mostrar serviço sob a meta. Na sua segunda grande chance de mexer no placar, cara a cara, Vinicius Júnior parou no goleiro rival. Enquanto o garoto flamenguista se culpava, Fabricio Oya entrava na onda ao também desperdiçar um gol feito pelo Corinthians.

O jogo era intenso. Praticamente sempre que se aproximavam da área adversária, corinthianos e flamenguistas conseguiam criar jogadas de gol. E o último a levar as mãos à cabeça foi Kléber, que viu sua finalização acertar a trave e voltar nas mãos de Felipe, quase em cima da linha.

Esse jogo alucinado, porém, não agradou os técnicos, principalmente Osmar Loss, que resolveu sacar seu camisa 10, Oya, no intervalo. O comandante do Corinthians pediu para sua equipe diminuir o ritmo e parar de se expor tanto na defesa. A impossibilidade física de manter a correria em um gramado pesado e encharcado também contribuiu para um segundo tempo sem tantas chances de gol.

Mesmo assim, aos 11, o Corinthians chegou à virada. Pedrinho cobrou escanteio, Thiago resvalou na bola e Del’Amore completou para as redes, com uma certa colaboração do goleiro Gabriel Batista. 2 a 1. Daí para frente, a partida continuou como manda a cartilha. O Corinthians passou a apostar nos contra-ataques e o Flamengo partiu para cima, em busca do empate, já com Patrick em campo, meia titular que começou no banco por opção de Gilmar popoca.

O problema do treinador flamenguista é que seu time já não tinha mais pernas no último terço do jogo. Foi o Corinthians, aliás, quem levou mais perigo nos minutos finais em lances de bola parada. Gabriel Batista e a trave mantiveram o Fla vivo. Mas, por pouco tempo. Os comandados de Osmar Loss souberam administrar o resultado até o apito final e, diferente do ano passado, dessa vez puderam fazer a festa ao lado da maioria dos 8.509 pagantes nas arquibancadas.

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