Por dívidas trabalhistas, Paraná perde estádio em leilão

Vila Olímpica do Boqueirão foi arrematada por R$ 11,6 milhões

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Vila Olímpica do Boqueirão foi arrematada por R$ 11,6 milhões

Por dívidas trabalhistas, o Paraná perdeu mais um patrimônio nesta quinta-feira. A Vila Olímpica do Boqueirão foi arrematada por R$ 11,6 milhões durante a manhã e não pertence mais ao clube paranaense.

Após dois anos do leilão da sub-sede do Tarumã, vendida por R$ 30 milhões , o time paranista novamente sofre pelos enormes erros do passado. Desta vez, o imóvel foi leiloado por um montante de nove ações, no valor de R$ 1,6 milhões. A maior quantia é do ex-técnico Ricardo Pinto, marcado pelo rebaixamento para a Divisão de Acesso em 2011 e ídolo do rival Atlético-PR , de R$ 450 mil.

A venda do espaço de 66 mil metros quadrados durou menos de cinco minutos. Às 10h25, o leiloeiro apresentou o lote e, às 10h30, depois de ninguém dar lance no valor de R$ 23,2 milhões e na metade dele, a Seagull Incorporações e Participações arrematou. João Carlos Ribeiro, presidente do Graciosa Country Club, representou a empresa.

Pelo lado do clube, três pessoas estavam no local. Waldomiro Gayer Neto, Leonardo Oliveira (vice-presidente de finanças) e Tiago Gevert (vereador), integrantes do Paranistas de Bem que assumiram o clube no dia 24 de março, acompanharam a rápida perda do estádio tricolor.

O Paraná, que tentou suspendeu o leilão e teve o pedido indeferido pela Justiça do Trabalho, pretende recorrer da decisão e tem o prazo de cinco dias. A estratégia, a princípio, é a mesma de antes. Ou seja, alegar que o terreno é inalienável e não pode ser vendido para pagar dívidas.

A defesa é de que a lei 8.563, de 1994, assinada pelo então prefeito Rafael Greca, diz que transferiu a inalienabilidade do antigo estádio do Britânia, no bairro Guabirotuba, vendido em 1998 para a rede de mercados BIG, para a Vila Olímpica por pedido do Paraná na época.

 

O terreno

Na convocação do leilão, a Vila Olímpica é descrita como: terreno do estádio de 40 mil metros quadrados, contendo a edificação de um “estádio de futebol com arquibancadas de concreto e tijolos, quase todo descoberto, com capacidade para oito mil pessoas, gramado para futebol profissional, vestiários e dependências administrativas sob a arquibancada”, além de um campo auxiliar no terreno contíguo à construção.

Inaugurado em 1983, o estádio localizado no Boqueirão foi herdado do Pinheiros, na fusão com o Colorado. O auge do Erton Coelho de Queiroz foi em 1997, na conquista do pentacampeonato estadual, no triunfo por 3 a 1 diante do União Bandeirantes, teve 17.926 torcedores. Três anos antes, o bicampeonato, na vitória por 1 a 0, também foi comemorado lá.

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