Com Neymar sem brilho e David Luiz expulso, Brasil arranca empate na Argentina

Argentina colocou o Brasil para dançar em todo o primeiro tempo

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Argentina colocou o Brasil para dançar em todo o primeiro tempo

Argentina e Brasil entraram em campo na sexta-feira 13, um dia depois de um dilúvio impossibilitar que o jogo acontecesse, com o mundo de luto. Um minuto de silêncio para as vítimas dos atentados em Paris antecedeu o clássico entre seleções mais importante do mundo. E nesse clima pesado, empataram em 1 a 1. Neymar, em seu primeiro jogo de eliminatórias, pouco fez.

Ezequiel Lavezzi marcou o gol argentino aos 33 minutos do primeiro tempo. Lucas Lima empatou no segundo tempo, aos 13. O placar sugere algum equilíbrio, mas a Argentina foi superior durante a maior parte do tempo. Desfalcada de Messi, Aguero, Tevez, Pastore, Zabaleta e Garay, todos potenciais titulares, a Argentina colocou o Brasil para dançar em todo o primeiro tempo. Teve menos posse de bola, mas assustou Alisson. Romero foi um espectador da primeira etapa.

Neymar, dizem, pisou o gramado do Monumental de Núñez, desta vez seco. O camisa 10 nada fez na formação com Ricardo Oliveira como centroavante escalada por Dunga. Seu primeiro chute a gol, aos oito minutos do segundo tempo, passou longe do gol.

Bancado por técnico, Alisson mostrou insegurança com menos de dois minutos de jogo. Em cruzamento de Lavezzi, o goleiro jogou para o meio da área e Higuaín demorou para dominar e chutar. Poderia ali ter aberto o placar. Antes dos seis minutos, David Luiz já havia sido entortado por Di María, seu colega de PSG, que o deixou falando sozinho antes de chutar à esquerda de Alisson.

Essa era a postura da Argentina, tentar pressionar o Brasil desde o início da partida para, quem sabe, conseguir furar esburacada defesa brasileira e se tranquilizar. Até demorou para que Alisson fosse vazado. David Luiz, sempre ele, assistiu movimentação do ataque argentino com Di María, Higuaín e Lavezzi. Este último, livre, acompanhado de longo por Daniel Alves, chutou sem chances para Alisson.

O chute de Neymar já citado era o símbolo de um Brasil perdido. Um chute a esmo depois de arrancada sem fim de Filipe Luís, que ao chegar à linha de fundo sem uma jogada desenhada, recuou para Neymar “resolver”. Antes, Banega já havia acertado a trave de Alisson. O cenário não era nada satisfatório ao Brasil.

Dunga só percebeu isso aos 10 minutos do segundo tempo. Colocou então Douglas Costa, um dos brasileiros de mais destaque nesta temporada, no lugar do veterano camisa 9. E logo no seu primeiro lance, após cruzamento primoroso de Daniel Alves, acertou o travessão. No rebote, Lucas Lima marcou o gol de empate do Brasil.

O gol deu alívio ao técnico, mas não escondeu a partida sem qualquer inspiração que seu time apresentou. Para sua sorte, a Argentina cadenciou seu tango. Aos 20 do segundo tempo percebeu que os desfalques fariam falta. E o jogo esfriou.

Só não esfriou totalmente por conta dele, David Luiz. Aos 41 minutos, em jogada com Dybala, deixou o braço no rosto do argentino. Recebeu só o amarelo. Dois minutos depois, nunca arrancada tresloucada depois de cortar o ataque rival, deixou o pé em Biglia e foi expulso. Com 10, Gil entrou no lugar de Willian e o empate ficou de bom tamanho para Dunga e companhia.

Na próxima terça-feira, o Brasil vai receber o Peru em Salvador e a Argentina vai a Barranquilla para enfrentar a Colômbia.

 

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