O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira não abrirá licitação para contratar a empresa responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio. Por questões de segurança, o órgão utilizará neste ano o mesmo consórcio, o Cespe-Cesgranrio, cujo contrato ainda está em vigor e poderá ser prorrogado.

A afirmação é do professor mineiro Luiz Cláudio Costa, que daqui a 12 dias vai completar um ano na presidência do Inep, com uma marca que seus três antecessores não conseguiram: garantir uma realização do sem falhas. Desde 2009, quando o exame virou vestibular nacional, graves erros se repetiram, para desespero de estudantes de todo País.

Em 2012, as coisas funcionaram. Costa insiste que tudo “foi um processo” necessário – que, diga-se, não saiu barato aos cofres públicos brasileiros. Refutando a alcunha de “presidente do Enem”, o professor lembra que o Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC), tem outras responsabilidades. E grandes. “Em poucos países existe uma autarquia capaz de elaborar e fazer.” A afirmação coexiste com a crítica de que o instituto deixou de lado sua vocação inicial de produzir pesquisas.

O Inep também é responsável, por exemplo, pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, Prova Brasil e censos educacionais.