Inflação desacelera ligeiramente em agosto e fica em 0,03% em Campo Grande

Apesar do recuo, dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 5 tiveram alta em agosto na capital de Mato Grosso do Sul 

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Habitação está entre os itens que desaceleraram (Imagem ilustrativa, Midiamax).

O preço de produtos e serviços deu uma leve recuada em Campo Grande no mês de agosto. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,03% no mês e ficou 0,23 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,26%). 

Em relação ao ano, o IPCA acumula alta de 2,64%. Já nos últimos 12 meses, o índice registra alta de 4,33%, valor que está abaixo dos 4,57% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (10). Segundo os dados, em agosto de 2023 a variação do IPCA havia sido de 0,27%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em agosto na capital de Mato Grosso do Sul. 

A maior variação e o maior impacto veio de Transportes (1,12%), com 0,24 p.p. de contribuição. A segunda maior variação é do grupo Vestuário, com 0,88% e impacto de 0,04 p.p. 

Setores que desaceleraram

Entre os itens que apresentaram queda está a Habitação, que registrou recuo de 1,04%, após subir 1,18% em julho. 

No caso do segmento de Alimentação e bebidas, o recuo foi de -0,60%. A alimentação no domicílio (-0,91%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,59% em julho. 

Os alimentos que tiveram as maiores quedas nos preços foram a cebola (-26,51%), a batata inglesa (- 22,28%), o tomate (-15,95%) e os ovos de galinha (-3,85%). 

No lado das altas, destacam-se o mamão (21,85%), a banana-nanica (8,85%) e o café moído (4,31%). Também se destaca a alimentação fora do domicílio, que apresentou alta em agosto (0,32%) após o registro de queda em julho (-0,50%). 

O subitem lanche desacelerou de 2,38% em julho para 1,72% em agosto, enquanto a refeição apresentou variação próxima de julho, com 2,93%.

Itens mais caros

O grupo Transportes tem o maior impacto no índice, com aumento de 1,12%, impulsionado pelo transporte de aplicativo, que teve alta de 5,95%, seguido pelo conserto de automóvel (3,56%). 

Boa parte dessa realidade foi influenciada pelo preço do etanol e da gasolina, que aumentaram em 3,11% e 1,75%, respectivamente. 

Dentro desse grupo, as passagens aéreas registraram a maior queda (- 17,48%), acompanhadas pelo transporte escolar (-2,92%) e o transporte público (-2,05%). 

Outro grupo que apresentou queda em Campo Grande em agosto foi o da Habitação (1,04%), influenciada pela energia elétrica residencial. 

O grupo foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,81% em julho para -3,67% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Os subitens tinta e cimento também apresentaram queda: -2,78% e -1,41%, respectivamente.

Já os subitens que mais contribuíram no campo positivo foram os artigos de limpeza como, o sabão em barra (2,53%), o detergente (1,80%) e a água sanitária (1,49%). 

Inflação no Brasil

A inflação do país foi de -0,02% em agosto, queda de 0,40 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,38%). 

Essa é a primeira taxa negativa do índice nacional desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. No ano, o IPCA no Brasil acumula alta de 2,85%.