Os termos eco, bio, orgânico e sustentável, antes ou depois de uma palavra, serão cada vez mais comuns. E também vão fazer parte dos princípios de pequenos negócios até grandes indústrias, inclusive definindo quais vão sobreviver ou não. É a “Transição Verde” que estamos vivendo, imersos em uma cultura que busca salvar o planeta Terra – nosso planeta azul – de tantas intervenções.

Portanto, a reportagem faz uma provocação: o que você sabe sobre estes temas, já que os debates se intensificaram há 18 anos, quando um dos acordos internacionais para redução das emissões de gases do efeito estufa foi transformado em lei internacional? Se a resposta não for satisfatória, definitivamente, chegou a hora de aprender e colocar o conhecimento em prática.

‘Aula verde': nesta reportagem especial, você vai aprender sobre…

  • Sustentabilidade
  • Economia Circular
  • Indústria Verde
  • Transição Energética
  • Mercado de Carbono
  • Conservação Florestal
  • Selos Sustentáveis
  • Glossário Verde

Sustentabilidade

A primeira coisa a se entender é que estamos o tempo inteiro buscando progredir, enquanto sociedade e economia, usufruindo de recursos naturais. Quando usados com consciência e responsabilidade, ocorre a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, processo pelo qual o bem-estar das gerações futuras não é comprometido.

Por exemplo: você anda com canudo de alumínio na bolsa? Você compra um produto em tamanho grande e vai repondo ou então dá preferência para aqueles que têm refil? Você separa o lixo? Tem alguma sacola retornável para usar quando vai ao mercado e assim negar o uso da sacola plástica? Você tem ou pretende ter energia solar em casa? Você opta por produtos que possuem selos sustentáveis?

Com certeza, ao menos uma destas coisas é possível fazer sem muito esforço. E daqui em diante, o Jornal Midiamax vai te mostrar como estas pequenas atitudes, este “trabalho formiguinha”, na verdade, pode resultar em melhorias na sua casa e, consequentemente, ir mudando a consciência de seres humanos, principalmente por não ser mais tolerável conviver com o aquecimento global, a contaminação dos recursos hídricos, a alta poluição do ar atmosférico e o desmatamento de grandes áreas, dizimando fauna e flora.

E quais são os pilares da sustentabilidade? Há tempos se vê que responsabilidade social, sucesso econômico e proteção ambiental precisam caminhar juntos, principalmente quando pensamos amplamente na população mundial, em torno de 8 bilhões de pessoas. Assim, são crescentes as preocupações que primam pela melhor qualidade de vida, tornando os consumidores cada vez mais conscientes e exigentes em relação às suas escolhas.

E na chamada “Transição Verde”, que estamos vivendo, temos a atuação de diversos setores, entre eles o da indústria brasileira, focada em transição energética, economia circular, mercado de carbono e conservação florestal. Um a um, os temas serão tratados a partir de agora!

Economia Circular

Neste pilar, o conceito chegou com a intenção de associar desenvolvimento econômico com melhor uso dos recursos naturais. Desta forma, novos modelos de negócios e o processo de fabricação são melhorados com menor uso da matéria-prima virgem e priorizando materiais recicláveis e renováveis, por exemplo.

Os interessados então minimizam o uso de recursos naturais e maximizam a reutilização. Este é justamente o caso do empresário Diego Henrique de Oliveira, de 36 anos, que administra dois negócios no ramo da alimentação, em Campo Grande, e presenteia e dá desconto aos clientes que buscam pela sustentabilidade.

“Desde quando abri, há dois anos, notei que as pessoas consumiam na loja e usávamos a embalagem descartável, da mesma forma que fazíamos no delivery. Isto foi logo no início e, pelo movimento, foi possível notar que a embalagem ficava ali e logo ia para o lixo, então, rapidamente optamos pelas louças e talheres”, afirmou.

Na mesma época, Diego passou a ter uma preocupação ambiental maior e questionar os clientes do delivery se eles realmente queriam e precisavam do talher de plástico, principalmente se o pedido fosse enviado para as casas destas pessoas. Atualmente, continua com este comportamento e a empresa é classificada, no aplicativo de entrega, como “amiga da natureza”.

“Optei tanto por retirar as embalagens das mesas quanto conscientizar quem estava gastando plástico sem necessidade. Foi assim que pensei em presentear a atitude também. Se a pessoa consumisse um valor X e tivesse esta consciência verde, poderia ser presenteada com isso. Foi aí que tive a ideia de dar um pink lemonade também. E aí fui pensando em várias outras coisas e consegui encontrar uma caixa que se degrada com muito mais facilidade. É esta que utilizamos hoje”, relembrou o empresário.

‘Cliente precisa ter pensamento verde e ajudar o meio ambiente'

De acordo com Oliveira, a “preocupação precisa ser de todos nós”. “Embalagem é papel e papel é árvore. Nossas árvores estão indo embora a cada dia, estão aí os desastres ambientais para provar isto, então, eu pensei que bonificando o cliente ele pode ajudar e sair satisfeito. E o copo da pink lemonade é biodegradável, então, a intenção é premiar e prestigiar aquela pessoa que escolheu comer ali conosco e tem um pensamento verde, que ajuda o meio ambiente, digamos assim”, ressaltou.

Com a campanha de forma permanente, Diego diz que expandiu o conceito sustentável para outra loja e sonha em ver as mesmas atitudes em seus “vizinhos”. “Se o vizinho da floricultura, o vizinho do restaurante e tantos outros fizerem algo assim, o pouco se transforma em muito. Aqui são de 50 a 60 pedidos por dia no balcão, então, a economia já é grande. E essa cultura veio para ficar, não tem volta”, finalizou.

Outra campanha que exemplifica o conceito de economia circular é a que está sendo feita pelo Grupo Pereira, que inclui onze lojas Comper em e Dourados, dez lojas Fort Atacadista, dois restaurantes Trudy's, duas farmácias e um posto de combustível. Nestas filiais, foram espalhados banners e uma caixa de “Recicle Aqui”, em que as pessoas depositam tampinhas de garrafas pet.

Tudo começou no dia 19 de agosto, com as mesmas ações espalhadas em lojas do Mato Grosso, e Santa Catarina. “A ideia é que o cliente faça a destinação correta do reciclável, que são as tampinhas no caso. Esta ação vai ajudar uma instituição em cada regional. Aqui em MS, por exemplo, a ajuda será para o do Amor, onde será feita a troca por cadeiras de rodas. Nas outras, a destinação correta também ajudará em outras causas”, explicou a coordenadora a Adrileny Bogado Constantino, de 29 anos, coordenadora do ESG (Ambiental, Social e Governança) do Grupo Pereira.

Estações de reciclagem, coleta de lâmpada e óleo e compostagem

Conforme Constantino, todas as ações são pensadas envolvendo as questões sociais e ambientais. “Ou seja, além das tampinhas que damos a destinação correta e ajudamos o meio ambiente, temos também as estações de reciclagem. São ao todo oito unidades no Estado e mais uma em construção para todas as novas lojas. A gente possui esta estação, onde o cliente poderá destinar os seus resíduos e temos também os coletores de lâmpadas em todas as nossas unidades. Foram recolhidas mais de 23 mil lâmpadas desde o ano passado”, explicou.

As ações do negócio também incluem a coleta de óleo. “Em MS foram mais de 7 mil litros de óleo destinados corretamente. Uma atitude dos nossos clientes, que deixam nas nossas lojas e agora a compostagem, em 2023, se estendeu para todas as unidades. Até então acontecia em 50% das lojas, mas, agora todo o nosso orgânico, que antes iria para o aterro, vai para destinação correta e isso gera um adubo. Com ele, fazemos ações ambientais com a comunidade e inclusive agora, no Dia da Árvore, vamos distribuir alguns adubos em nossas lojas. E o que pode ser aproveitado vai para o Mesa Brasil”, ressaltou Adrileny.

No caso da energia limpa, a coordenadora do ESG argumenta que 85% das lojas abastecidas são desta forma e funcionários também são destinados para atuarem no projeto “GP nas escolas”, onde levam educação ambiental aos alunos do ensino fundamental, por meio de parceria com a secretaria de educação do município.

Do pequeno negócio, passamos pelas grandes empresas e agora seguimos para o conceito da indústria verde, amplamente disseminado nos empreendimentos brasileiros.

Indústria Verde

A indústria brasileira é muito diversificada e desempenha papel vital no desenvolvimento econômico e social do país. Em 2022, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o setor respondeu por 23,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Além disso, dados mais recentes mostram que a categoria responde por 69,3% das exportações brasileiras de bens e serviços e 66,4% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento.

A nível de Mato Grosso do Sul, a participação é equivalente a 1,6% da indústria nacional, com um PIB industrial de 23,3 bilhões, empregando 130.796 pessoas. Os setores do Estado são divididos em: 25,3% serviços industriais de utilidade pública, 19,3% construção, 17,8% celulose e papel, 16,3% alimentos e 10,9% derivados do petróleo e biocombustíveis.

Já os setores com menor participação são: 1,3% couro e calçados, 1,2% químicos, 1,0% produtos de metal, 1,0% metalurgia, 0,9% minerais não metálicos, 0,7% máquinas e equipamentos, 0,7% vestuário, 0,5% extração de minerais metálicos, 0,5% borracha e material plástico, 0,5% bebidas, 0,5% têxteis, 0,4% máquinas e materiais elétricos, 0,3% produtos diversos, 0,2% manutenção e reparação, 0,2% móveis, 0,1% farmacêuticos, 0,1% madeira, 0,1% extração de mineiras não metálicos.

Outros setores, como de veículos automotores, impressão e reprodução, fumo, informática, eletrônicos e ópticos, outros equipamentos de transporte, atividades de apoio à extração de minerais, extração de petróleo e gás natural, não possuem participação significativa no Estado, porém, alcançam índices maiores quando se fala a nível de centro-oeste e Brasil.

O que o setor faz para se manter competitivo?

Só que, para se manter competitivo, o que faz o setor industrial? Muitas discussões. A atual, da “Indústria 4.0”, envolve tecnologia, redução de custos e inteligência artificial. Neste modelo, surgem novas profissões, impulsionadas pela revolução do ramo e ajustes de políticas públicas, com regulamentação que envolve projetos coerentes e responsáveis, tendo impactos positivos na sociedade.

É neste momento que a “Indústria Verde” surge como protagonista em soluções sustentáveis, mostrando o setor como pioneiro ao envolver uma “agenda ambiental” e estimular a implementação dos “compromissos climáticos no país”. Neste cenário, a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) busca aproximar o setor da população, divulgando sempre os novos posicionamentos.

O compromisso mais recente, que casa com os 17 objetivos da ONU de desenvolvimento sustentável, ressalta que a Federação trabalha em prol de preparar alunos, trabalhadores e empresários para ser mais competitivos no mercado ou, então, identificando problemas e propondo soluções, as quais vão melhorar e impulsionar o desenvolvimento econômico, social e institucional.

ESG – Ambiental, Social e Governança

Neste plano, está o desenvolvimento do ESG (Environmental, Social and Governance) no Estado. Em português, a sigla quer dizer Ambiental, Social e Governança e equivale a um conjunto de padrões e boas práticas que dirão se a empresa possui cuidado com as pessoas e o planeta. Ou seja, se antes o foco era só o lucro, hoje a intenção é saber se o negócio também é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciado. 

Cláudia Borges, assessora do núcleo de ESG da Fiems

“O ESG é uma nova forma de se fazer e avaliar negócios. Tem uma conexão forte com responsabilidade social corporativa, sustentabilidade e a Fiems já executa e colabora com a implementação de práticas socioambientais junto às indústrias, por meio de soluções de inovação, eficiência energética, economia circular, a própria qualificação, educação básica, cultura, investimento social privado, qualificação de fornecedores dando apoio a toda a cadeia de valor junto às nossas indústrias e muitas outras soluções que já são oferecidas pelas nossas casas: Sesi, Senai e IEL“, afirmou a assessora do Núcleo de ESG da Fiems, Cláudia Borges.

No caso de Mato Grosso do Sul, a indústria busca um novo posicionamento, uma nova estratégia de atuação, a qual faz conexão de diversas soluções e leva um novo produto para auxiliar as indústrias em sua “jornada ESG”, a qual consideram individual e específica de cada uma. E conforme Borges, que recentemente falou sobre o assunto ao podcast ID Indústria, esta é uma demanda atual do setor.

“O mercado está cobrando, demandando, que as empresas possam ter ações práticas mais sustentáveis nos seus diversos temas e assuntos, tanto social e ambiental quanto na forma de gerir os seus recursos, pessoas, enfim, então a empresa não precisa ser só economicamente viável, também precisa ser ambientalmente correta e socialmente justa. E isso vai ser cobrado. As empresas não podem só falar que fazem. Elas precisam demonstrar, realizar, registrar e mostrar de uma forma profissional aquilo que estão realizando, por meio de dados, informações, para que a sociedade possa avaliar e, de certa forma, ter uma comprovação que a empresa tem aquilo que ela espera”, disse a assessora.

Programa já deu destino correto a 1,2 milhão de kg de lixo

Baseado neste conceito e em todos os outros que envolvam a transformação verde, o Jornal Midiamax foi em busca de exemplos existentes em Mato Grosso do Sul. O primeiro que conhecemos se chama Ciclos e é da Real H, indústria de medicamentos homeopáticos, nutrição e saúde animal que possui a sede em Campo Grande e filiais em Cuiabá (MT), Ji-Paraná (RO), Cascavel (PR) e Betim (MG). Motivo de muito orgulho, já retirou 1.219.970 kg de resíduos do meio ambiente e deu a destinação correta.

“O Ciclos é um programa de coleta seletiva, que reforça os nossos valores, entre eles o da sustentabilidade e o da fraternidade, portanto, temos uma preocupação muito grande com o meio ambiente, o social, a família, a comunidade, então, o programa reforça o compromisso da empresa, além de dar a destinação correta, adequada, atendendo a todas as normas e leis vigentes, a todo resíduo, seja ele reciclável ou não reciclável”, explicou o gerente industrial João Paulo Silva Anjos.

Funcionário levando recicláveis ao Programa Ciclos – Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax
Funcionário levando recicláveis ao Programa Ciclos – Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax

Idealizado há 17 anos, o gerente diz que o Ciclos começou “pensando na indústria como um todo”. “O programa foi tomando forma, foi crescendo, e aí a gente acabou expandindo para a comunidade, a casa dos funcionários, então, hoje, posso dizer que 100% dos resíduos gerados na Real H, seja na matriz ou filiais, têm a destinação correta. Os funcionários são incentivados e trazem o material de casa. Isto resulta em premiações, como brindes e dinheiro a mais na conta”, disse.

Funcionário levando recicláveis ao Programa Ciclos – Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax

Diariamente, os funcionários levam o material e o deixam no galpão do Ciclos, de quase 400 m², que fica na matriz da empresa, na BR-163, altura do km 11.

Esta pessoa é recepcionada por um colega, o qual pesa, separa, cataloga e tudo é colocado em um sistema, com um software responsável por fazer o gerenciamento do que está entrando e saindo e colocando tudo isto em um ranking dos 12 que mais colaboraram naquele mês.

O pagamento então é feito e varia de R$ 90 a R$ 200. Quem não entrou no ranking, porém, colaborou, recebe um brinde, que geralmente é um item da cesta básica e mais um doce, como uma caixa de bombons, por exemplo.

“A intenção é justamente continuar mantendo o funcionário engajado. No início do ano, por exemplo, tivemos uma campanha especial por três meses. Quem mais trouxe resíduos recicláveis teve um prêmio especial: R$ 600 para o primeiro e R$ 500 para o segundo, recebendo aqueles R$ 200 mensais e mais este valor da campanha”, argumentou o gerente. 

Vidro no galpão da indústria que será encaminhado para destinação correta. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Totalmente voltado para a sustentabilidade, o Ciclos atende aos pilares do meio ambiente, social e econômico. “Todo resíduo reciclável que vendemos gera um caixa específico e a receita é utilizada em ações sociais da empresa, bem como na compra de brindes. No início do ano, também fornecemos materiais escolares aos funcionários e os filhos deles, além de fazermos campanhas voltadas à saúde dos funcionários, ações no dia do trabalhador, dia das crianças e fim de ano, por exemplo. O dinheiro também ajuda algum funcionário que esteja passando por alguma dificuldade, reservamos parte do caixa para isto”, comentou Anjos. 

Programa Ciclos é realizado em indústria de Campo Grande – Nathalia Alcântara/Midiamax

Desta forma, toda vez que um grupo de estudantes, clientes, fornecedores ou então de outras cidades, desejam conhecer esta indústria, os responsáveis fazem questão de que também conheçam o programa Ciclos. “Esta é uma parte importantíssima nossa, que nos orgulha muito. Aqueles que participam falam dos benefícios que estão fazendo ao meio ambiente e também do dinheiro a mais no fim do mês, o qual pagam uma conta de luz e água, por exemplo”, afirmou o gerente.

Neste ano de 2023, o programa ganhou novas parcerias, enviando nutrição e medicamentos para fazendas do Grupo Genética que, em contrapartida, recebem caminhões de recicláveis. Inclusive, está em negociação firmar parcerias com propriedades localizadas no pantanal sul-mato-grossense.

Alcance do Programa Ciclos – Nathalia Alcântara, Midiamax

Além do Ciclos, a Real H diz que também realiza o sistema de captação da água da chuva. Neste caso, entra em uma rede específica e, pelo fato de não ser uma água potável, é utilizada para limpeza do pátio, descarga do banheiro e reservatório de combate a incêndio.

A empresa também aderiu à energia solar, com placas fotovoltaicas que tornaram a matriz autossuficiente e gerando quantidade de energia superior e que atende a uma filial de Cuiabá, ou seja, nas duas unidades de produção. 

Veja quem fala com orgulho do programa Ciclos:

Transição Energética

Mais um pilar da sustentabilidade, a transição energética é tida por muitos especialistas como o maior desafio da humanidade. Aliás, estamos onde estamos por conta da energia e o consumo dela foi tão importante, ao longo dos tempos, que guarda informações relevantes sobre todas as gerações e a atual civilização.

Para quem não conhece, existe inclusive um estudo científico que explica mais detalhes e se chama Escala Kardashev. Proposto em 1964 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev, categoriza a civilização em três tipos possíveis. A Tipo I é aquela que consegue aproveitar toda a energia disponível no seu planeta e isso inclui desde a energia solar até hidrelétricas, passando por energia nuclear e combustíveis fósseis.

Já a Tipo II aproveita 100% da energia do seu sistema solar e, ainda de acordo com cientistas, este seria o primeiro passo para a civilização se tornar multiplanetária. A Tipo III é a mais civilizada do universo, em que 100% da energia disponível da galáxia inteira é aproveitada. Muito além deste estudo, fica mais um questionamento: por que a energia é um indicador de avanço tecnológico de uma civilização?

No início, seres humanos gastavam a própria energia atrás de alimento. Em seguida, domesticaram animais para fazer isto e aí sobrou tempo para se dedicar à ciência, arte e cultura, por exemplo. Esta relação durou muito tempo.

Foi assim por milhares e milhares de anos, até que tudo mudou em 1765, quando o cientista inglês James Watt conseguiu melhorar o design de máquinas inventadas anteriormente e então fez uma versão superior, de uma máquina a vapor. Esta foi a primeira grande revolução na história do nosso uso de energia, usando carvão como combustível, na era chamada de “a primeira revolução industrial”.

1ª revolução: de animais domesticados a máquinas de vapor

A transição energética do vapor provou que uma máquina poderia fazer o mesmo trabalho de dezenas de animais e, inclusive, é desta época o termo “cavalo de potência”, utilizado até os dias atuais, principalmente quando se fala de motores. Desta forma, o mundo passou a se conectar mais e com maior eficiência, usando trens para chegar em longas distâncias, construir cidades usando máquinas da metalurgia, fazer o cultivo em fazendas com os tratores e ainda transportando o alimento sem que ele perdesse a validade.

Desde então, vivemos uma transição energética atrás da outra. No entanto, o que demorou cerca de 10 mil anos com os animais, foi reduzido para 200 anos com máquinas a vapor até a energia nuclear. E é no petróleo e seus derivados, densos em energia, que está calcada a civilização moderna.

Ou seja, os combustíveis fósseis foram, até o momento, a maneira mais econômica de se conseguir energia com eficiência, o que impactou o transporte, não só aquele diário, em que fazemos da casa para o serviço, por exemplo, mas também todo o trajeto das nossas comidas e até as roupas, as quais podem chegar de container, vindas do outro lado do continente.

Excesso de CO² aquece o planeta… como vamos resolver?

E qual a conclusão desta análise? Que toda geração de energia tem um preço, um custo associado que, nos últimos anos, passamos a associar como “equivalentes de carbono”, por conta do gás carbônico. Ou seja, toda fonte – do carvão ao urânio enriquecido – emite este gás em certa quantidade e com diferentes impactos. E o planeta absorve, naturalmente, alguma parcela todo ano, porém, os excessos fazem com que este gás seja introduzido na atmosfera, aquecendo o planeta.

Nossa realidade então é esta: uma produção massificada de energia utilizando, principalmente, combustíveis fósseis. Chegamos então ao problema atual, a transição energética que estamos vivendo hoje e que é a mais tecnologicamente difícil, assim como também é complicado continuar usufruindo de combustíveis fósseis, de maneira insustentável. E este então é o desafio de cada país, de acordo com a sua realidade.

O engenheiro Rafael Rezende, de 38 anos, está há 13 anos atuando no setor elétrico e, mais recentemente, está focado em energias renováveis, as quais se renovam com o tempo e são mais sustentáveis. Atualmente, trabalha em uma multinacional em Curitiba (PR), porém, grande parte da sua carreira esteve em Campo Grande e também na China.

“Comecei trabalhando na área de transmissão de energia, mas, desde muito cedo percebi que o mundo e as atuais discussões estavam migrando para esta área, então, fiz MBA [pós-graduação] na Universidade de Pequim, na China, e aí houve a migração. Agora, focado na parte de renováveis, principalmente em operações nas usinas eólicas e solares”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Mais especificamente, em Mato Grosso do Sul, o engenheiro ressalta a energia solar como capilarizada, o que possibilita recursos para usinas de pequeno a grande porte. “Óbvio que, no Brasil, o mapa de radiação solar é mais forte na região nordeste, que gera em torno de 5,9 kw/h por m² ano, em média, porém, no nordeste, por conta da questão de vários investimentos que estão sendo feitos, o sistema de transmissão elétrico brasileiro está começando a ter gargalos, então, alguns projetos destes estão sendo deslocados para outras regiões e a região centro-oeste passa a ter um grande potencial”, pontuou.

Confira a entrevista de quem “respira” energia renovável todos os dias:

Mercado de Carbono

Falando em iniciativas sustentáveis, temos o mercado de carbono, que surgiu em 1997, com o Protocolo de Kyoto. O documento está sendo aprimorado desde o Acordo de Paris, assinado em 2015, quando 125 países, inclusive o Brasil, se comprometeram a realizar ações de forma global, resultando em menos de CO² na atmosfera e reduzindo o impacto global e o efeito estufa, até o ano de 2030.

Segundo especialistas, com isto, o carbono se transformou em uma das principais moedas e diretrizes e consciência de tecnologia aplicada. Ao lado da transição energética, conservação das florestas e a economia circular, estão os pilares para consolidar o Brasil na economia de baixo carbono.

E como vai funcionar a estratégia? Além da regularização monetária – o chamado crédito de carbono -, as empresas e países com emissão de CO² abaixo do limite estabelecido, poderão vender o excedente para quem precisa fazer a compensa. O ativo, em processo de valorização, corresponde a uma tonelada de gás carbônico, a cada um crédito, no momento.

MS é pioneiro e busca certificado internacional a partir de 2030

Nesta política ambiental, Mato Grosso do Sul é pioneiro. No ano de 2014, por exemplo, foi regulamentada a Lei Estadual n° 4.555, de 15 de julho de 2014, que instituiu a PEMC (Política Estadual de Mudanças Climáticas) e também o Proclima (Plano Estadual MS Carbono Neutro). Desde então, a intenção é qualificar o Estado com um certificado internacional de Carbono Neutro, a partir de 2030.

Alinhada com o objetivo, no ano de 2016, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também trouxe o assunto à tona, fazendo o primeiro protocolo internacional de carne carbono neutro, em que produtores rurais possam ter os seus produtos com esta qualificação. Ao mesmo período, os órgãos estaduais acompanhavam novos acordos internacionais e campanhas, como a “COP26”, que foi a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, “Race to Zero”, “Under 2° Coalition” e a declaração de Edimburgo.

Especialista da Embrapa fala do selo pioneiro Carne Carbono Neutro:

Na elaboração do projeto estratégico do Estado, estão os seguintes pilares: práticas agrícolas sustentáveis, manejo e conservação de solo e água, análise CAR (Cadastro Ambiental Rural) com adequação ao código florestal, energia renovável, desmatamento ilegal zero e pecuária sustentável/baixo carbono.

Conforme a Semadesc (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), os instrumentos desta política estadual envolvem recursos orçamentários, inventário estadual de gases de efeito estufa, sendo que Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a fazer o documento, além do registro público voluntário de emissões anuais de gases de efeito estufa e o acordo climático sul-mato-grossense.

“Neste caso do crédito de carbono, por exemplo, a Fiems, por parte do Senai aqui em Mato Grosso do Sul, tem cooperado na construção primeiro de regras que contemplem todo o processo do carbono, para que ajude o Estado a se tornar Carbono Neutro e, quando a gente fala da compreensão e criação destas regras, vai desde a emissão dos créditos de carbono, que estão principalmente nas áreas rurais quanto também o inventário dos CNPJs no Estado, da emissão de gases de efeito estufa e, ao final disto, fazer o match entre a emissão de crédito e a emissão de gases do efeito estufa, para que a gente possa neutralizar o Estado”, afirmou ao Jornal Midiamax o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo.

Rodolpho Caesar Mangialardo, diretor-regional do Senai (Divulgação/Senai)

O diretor ressalta que Senai e Fiems estão estudando profundamente o assunto e, desta forma, colaborando com o pioneirismo de Mato Grosso do Sul neste assunto. Além disso, fala que tudo está sendo feito de forma correta, utilizando as regras da ONU e outras estabelecidas internacionalmente.

“Acho que o Estado sai na frente e assim consolidaremos, em 2030, o Estado Carbono Neutro. Existem uma série de regras, uma série de oportunidades entre você fazer o cadastro para ser inventariado, depois o inventário e aí vem o plano de ação para mitigar a emissão de gases do efeito estufa, trabalhando com fontes de energia renovável e, por fim, a Fiems está construindo um selo Carbono Neutro para MS. O selo está pronto e teremos novidades em breve”, explicou.

Renato Roscoe, diretor do Instituto Taquari, também comenta sobre ações do carbono neutro:

Conservação Florestal

O último tema destes pilares sustentáveis é a conversação florestal, crucial para a saúde humana e do nosso planeta Terra. A cada ano que passa, o tema ganha relevância, principalmente porque a devastação de áreas florestais, principalmente por conta da conversão de solo para uso agrícola e criação de gado, ameaça a biodiversidade e até mesmo a sobrevivência de comunidades indígenas, florestais e silvicultoras.

Para exemplificar o problema, o RAD 2022 (Relatório Anual do Desmatamento) com o MapBiomas analisou seis biomas brasileiros e apontou que 21 árvores (ou 1.260 por minuto) foram derrubadas, por segundo, na Amazônia em 2022. Ao todo, o país perdeu mais de 20 mil km² de vegetação nativa, principalmente para a atividade agropecuária (95%) e também o garimpo (5%). E é por isso que a conservação das florestas é tão importante.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul/Reprodução

O gerente-técnico do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), José Pádua, explicou que o conceito ESG está sendo amplamente difundido também nesta questão e que, há muitos anos, os “verdadeiros produtores rurais” prezam pela conservação ambiental, tanto pelas reservas legais ou APPs (Área de Preservação Permanente).

“São práticas que garantem a continuidade e longevidade da produção agropecuária e, sem a preservação do solo, água, remanescentes florestais e clima, não tem como produzir alimento no campo. E, desde a criação, a Famasul se preocupa com o desenvolvimento da agropecuária de MS, sempre levando as práticas sociais, ambientais e de governança em consideração, buscando uma gestão eficiente, transparente e com ética“, argumentou.

No ano de 2022, por exemplo, o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) foi pioneiro no Brasil ao lançar o Senar ESG (Environmental, Social and Governance), conceito amplamente explicado ao longo desta reportagem. Nestas diretrizes, a intenção é garantir a longevidade da produção agropecuária e a produção do alimento no campo, o que se torna impossível ocorrer sem a preservação do solo, água, remanescentes florestais e clima.

“A conservação florestal e as diretrizes do ESG evidenciam o planejamento e execução voltados ao cumprimento da nossa missão institucional, no âmbito estratégico, gerencial e operacional. Os verdadeiros produtores rurais já realizam práticas de conservação e produção sustentável, tanto pelas reservas legais ou APPs. São práticas que garantem a continuidade e longevidade da produção agropecuária, e sem a preservação do solo, água, remanescentes florestais e clima, não tem como produzir alimento no campo”, explicou.

Conforme Pádua, o ESG, também na questão florestal, é uma tendência crescente no mercado internacional e prioriza empresas, indústrias e entidades que adotam tais práticas e políticas socioambientais. “Isto inclui estímulos governamentais para o acesso a créditos, como o plano safra, que pode reduzir em 0,5 ponto percentual os juros dos financiamentos de custeio para produtores que comprovem práticas agropecuárias sustentáveis”, argumentou.

José Pádua, Gerente técnico do Sistema Famasul

Para que os mercados sejam acessados por todos os produtores rurais, independente do tamanho, a Famasul ressalta que oferece ATeG (Assistência Técnica e Gerencial), com ações de conscientização sobre o ESG, incluindo também a questão da conservação florestal.

“Uma delas foi a aplicação de questionários, abordando questões sobre sustentabilidade, nas propriedades rurais com trabalhos desenvolvidos pela instituição, com um período mínimo de 12 meses de atendimento. No exercício foram aplicados questionários em 1.276 propriedades rurais, para analisar os requisitos de sustentabilidade pelas propriedades atendidas pelo ATeG. O número demonstra a importância destas ações voltadas para dentro da porteira. E novas diretrizes podem ser aplicadas em busca de melhoras crescentes ao longo dos próximos anos. Para 2023, mais de 3 mil propriedades rurais participarão das leituras e melhorias pelo ESG e conservação florestal”, finalizou Pádua.

Quais são os selos sustentáveis?

Mas, nesta cadeia, onde entra o consumidor? Como ficamos sabendo que tal produto, vindo do pequeno comerciante ou até da indústria, adota práticas sustentáveis? A resposta pode vir com os selos sustentáveis ou os chamados selos ESG, que estão se tornando, cada vez mais, um fator decisivo na hora da compra de muitos clientes.

Aliás, existem pesquisas que mostram que a maioria dos brasileiros prefere comprar de empresas sustentáveis, então, os selos foram criados para certificar quem segue diretrizes focadas na redução dos impactos ambientais. Ou seja, aquela empresa ou instituição que consegue um selo de sustentabilidade, está contemplando o “tripé” de meio ambiente, economia e sociedade.

Eles também podem ser chamados de eco-selos ou selos verdes e são divididos em categorias, entre eles a gestão da água e resíduos até o manejo florestal. No Brasil, dezenas já foram criados. Vamos conhecer alguns selos?

Glossário Verde

Agora, depois de tanto aprendizado, está na hora de memorizar estas palavras, que tanto ouviremos e faremos parte, já que buscamos uma convivência harmônica e melhor para todos.

  • Alimentos Orgânicos: aqueles que são feitos com técnicas que priorizem a sustentabilidade ecológica e econômica, por exemplo. Ou seja, são produzidos sem o uso de agrotóxicos, hormônios, fertilizantes químicos, antibióticos, OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) ou outros compostos artificias, conforme a Lei Federal no 10.831, de 23 de dezembro de 2003.
  • Biodegradável: produto é classificado desta forma quando possui decomposição mais rápida que os tradicionais, desaparecendo ou entrando em contato com o solo e se decompondo, sem causar poluição.
  • Biodiversidade: este termo ou então diversidade biológica se refere a variedade e riqueza de todas as espécies de seres vivos do planeta. Assim como muitos definem, é também a célula mãe do desenvolvimento sustentável, já que afeta a qualidade da vida humana e a atividade econômica.
  • Compostagem: processo biológico em que resíduos orgânicos são transformados em adubo. Neste caso, são vermes, bactérias e fungos que fazem a decomposição, transformando os resíduos em húmus, material muito rico em nutrientes e fértil. O processo também reduz em até 50% o lixo produzido por residência.
  • Conservação Ambiental: cuidar, apoiar e conservar o meio ambiente, com ações que buscam o uso racional dos recursos naturais, preservando a vida, não apenas dos seres humanos, mas de todas as espécies existentes. 
  • Consumo Consciente: fazer a escolha por produtos ou serviços ecologicamente corretos, mantendo um equilíbrio entre a satisfação pessoal e a sustentabilidade e entendendo que o seu pequeno gesto pode resultar em grandes transformações.
  • COP (Conference of the Parties): a sigla significa “Conferência das Partes”, sendo este a Conferência do Clima da ONU, adotada em 1992. Desde então, os países membros se reúnem para avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta e propor ações.
  • Desenvolvimento Sustentável: apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. O termo foi usado pela primeira vez em 1987.
  • Eco-friendly: na tradução literal, aquele “amigável ao meio ambiente”. Ou seja, alguém que mantém uma alimentação adequada, possui uma casa sustentável e faz o descarte correto do lixo, por exemplo. O termo também pode ser usado para empresas parceiras e que buscam não causar danos socioambientais.
  • GEE ou GHG (Gases do Efeito Estufa ou Green House Gases): são substâncias gasosas naturalmente presentes na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO²), metano (CH4), óxido nitroso (N20) e outros, os quais absorvem parte da radiação infravermelha emitida pelo sol e refletida pela superfície terrestre, dificultando o escape desta radiação (calor) para o espaço.
  • Greenwashing: o termo é traduzido como “lavagem verde” e ressalta os anúncios, publicidades, propagandas e discursos voltados ao que é “ambientalmente responsável”.
  • GRI (Global Reporting Initiative): organização internacional criada para ajudar empresas, governo e instituições a fazer a comunicação do impacto que elas possuem no mundo. Desta forma, os “padrões GRI” são utilizados em relatórios de sustentabilidade, apontando os impactos econômicos, ambientais e sociais dos negócios. O GRI Brasil envolve desde a governo até ativistas, com a intenção de fortalecer a transparência e a sustentabilidade.
  • Hábitos Sustentáveis: inclusão de hábitos de sustentabilidade na nossa rotina, como fazer o uso consciente de água, favorecer pequenos produtores locais, optar por sacolas reutilizáveis e, desta forma, reduzir o consumo de plástico e evitar desperdício, por exemplo.
  • Impacto Ambiental: são alterações no meio ambiente causadas pelas atividades humanas que podem ser negativas ou positivas, temporárias ou permanentes.
  • ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial): é uma ferramenta para medir o comprometimento de empresas e corporações com relação à sustentabilidade e à redução de danos ao meio ambiente, em que devem ser seguidos os seguintes pilares: justiça social, equilíbrio ambiental, eficiência econômica e governança corporativa. O indicador surgiu no Brasil, com a intenção de acompanhar e incentivar a postura sustentável de empresas presentes na bolsa.
  • Marketing Verde: também conhecido como “ecomarketing” ou “marketing ambiental”, promove a consciência ambiental e a sustentabilidade, focando em produtos e serviços que beneficiam o meio ambiente.
  • Pegada Ecológica: metodologia de contabilidade ambiental, que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Na prática, mede a rapidez com que consumimos recursos e geramos resíduos em comparação com a velocidade com que a natureza pode absorver nossos resíduos e gerar recursos.
  • Protocolo de Kyoto: acordo internacional elaborado em 1997 com o objetivo de estagnar e reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
  • Sistema B: Jay Cohen Gilbert, Bart Houlahan e Andrew Kassoy, no ano de 2006, idealizaram uma comunidade global de empresas, inicialmente nos Estados Unidos, as quais construíram um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta.
  • Tecnologia Limpa: é um conjunto de práticas tecnológicas que visam minimizar ou eliminar os impactos ambientais causados pela ação humana e industrial. É exatamente o contrário das tecnologias tradicionais, que tem uso excessivo dos recursos, poluição e desperdício. A energia renovável é um exemplo.
  • Tripé da Sustentabilidade ou Triple Bottom Line: o termo surgiu na década de 90, criado por John Elkington, sendo um conceito de gestão sustentável que busca ampliar a visão de sucesso das empresas, para além do resultado financeiro, unindo o desenvolvimento social e ambiental.

E agora, qual será a sua primeira atitude sustentável? Ou então, se já faz algo, qual conceito vai buscar aprender ainda mais? O que pode melhorar ainda mais em suas atitudes? Conte pra gente!

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Fontes de pesquisa: CNI, Fiems, Embrapa, Famasul, CNA, Semadesc, Imasul, Sebrae, canais Ciência Todo Dia e Geobrasil, palestras Interagro 2023, do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande, e Corguinho), MapBiomas, sites do Governo Federal, sustentabilidadeagora.com.br, ecycle, conexaplaneta e tuasaude.com e demais especialistas em cada área.