Em 10 anos, a área ocupada com soja cresceu 78,5% em , chegando a 2,100 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a área com cresceu 40,3%, enquanto a área dedicada às pastagens diminuiu 7,9% no Estado.

Os dados são do Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) compilados pela Aprosoja/MS. E mostram que a soja avançou nas regiões central e sul do Estado com mais intensidade, sendo encontrada também nas regiões norte e oeste.

Coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta dos Reis explica que as áreas de MS onde há avanço da agricultura se devem principalmente ao regime climático, que detém grande influência nas lavouras.

Em relação ao milho, os custos de produção, aliados a maior necessidade de chuva, impedem o crescimento da cultura na mesma proporção da soja. “A safra de inverno é diversificada. O produtor opta por não se arriscar devido ao período seco de abril a agosto, também envolve os manejos rotacionais com outras culturas”, explica Gabriel.

Produção de soja cresceu 43% em 10 anos

Os dados da Aprosoja/MS mostram que a produção de soja nos últimos 10 anos em MS, cresceu 43,7%, atingindo cerca de 8,692 milhões de toneladas na safra de soja 2021/2022. No milho o crescimento é maior, de 62,9% atingindo cerca de 12,775 milhões de toneladas na 2ª safra 2021/2022.

A tecnologia possibilita o avanço da produção em menor área. “É possível com tecnologias voltadas ao manejo do perfil de solo, agregando matéria orgânica e simbiose com a microbiologia do solo e investimentos em irrigação, sendo cada vez mais necessário ao cultivo”, conta o coordenador técnico da Aprosoja/MS.

Expectativas para a safra 2022/2023

Os produtores de soja de Mato Grosso do Sul devem terminar a semeadura do grão nos primeiros dias de dezembro. A estima da Aprosoja/MS é baixa, de crescimento de 2,5% na área plantada e produtividade estimada é de 53,44 sc/ha.

A expectativa é que o Estado produza 12,318 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23. A média de crescimento de área cultivada com soja, por safra é de 7%, mas na safra atual a expectativa foi reduzida.

“Diante do dos preços elevados dos fertilizantes, onde compõem grande parte do investimento para abertura de novas áreas. No custo de produção de 2022/2023 divulgado, fertilizante representa 25,49% das despesas”, comenta Gabriel.