Em ano de Carnaval atípico, conveniências amargam queda de até 80% nas vendas

Época ‘de ouro’ nas vendas para as conveniências, o Carnaval atípico deste ano já começa refletir em queda nas vendas nos comércios em Campo Grande. Alguns comerciantes falam em diminuição entre 50% e 80% comparado ao mesmo período de 2020, uma vez que o consumo de bebida alcoólica nos estabelecimentos estão restritos e as tradicionais […]

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Época ‘de ouro’ nas vendas para as conveniências, o Carnaval atípico deste ano já começa refletir em queda nas vendas nos comércios em Campo Grande. Alguns comerciantes falam em diminuição entre 50% e 80% comparado ao mesmo período de 2020, uma vez que o consumo de bebida alcoólica nos estabelecimentos estão restritos e as tradicionais comemorações estão suspensas em razão da pandemia.

Na Avenida dos Cafezais, Jair Mendes, de 50 anos, diz que a queda nas vendas deste ano gira em torno de 80%, “sem medo de errar”, avaliou. Dependendo do consumo dos clientes fiéis, ele comenta que o movimento está fraco.

“Está devagar igual água parada. As pessoas não têm dinheiro. Minhas vendas estão mais com clientes antigos, mas quase não estão comprando mais. Antes as pessoas passavam aqui, pegavam as cervejas, colocavam no isopor e iam, mas nada mais está acontecendo”, disse.

Em ano de Carnaval atípico, conveniências amargam queda de até 80% nas vendas
Foto: Leonardo de França, Midiamax

A restrição do consumo de bebida no local, segundo Jair, influenciou nas vendas pois, os clientes preferem tomar cervejas no estabelecimento. “As pessoas nem passam aqui. O pessoal sai do serviço e quer tomar uma [cerveja] na conveniência, é o ponto de encontro após o trabalho. Tomar cerveja em casa não é a mesma coisa”, opinou.

Dono de uma conveniência voltada para venda em casa, Luan Pitter, de 32 anos, comentou que as vendas ‘já são adaptadas’ para medida deste Carnaval.

Uma vez que as pessoas somente poderão comprar e beber em casa, ele diz que a fiscalização precisará agir para inibir aglomerações e horários de funcionamento. “O horário é bom [até às 23h, conforme novo decreto], mas precisa ter mais fiscalização. Eu fecho sempre no horário [estabelecido], mas tem umas conveniências que fica aberta até mais de meia noite. Não tem ronda por aqui”, disse o empresário do Campo Nobre.

Comparado com as vésperas feriado de Carnaval do ano passado, ele diz que as vendas caíram 50%. “Vai ser devagar, está bem parado desde o início da pandemia”, comentou.

Funcionária de uma conveniência na Avenida Guaicurus, Alice Hiroi, de 47 anos, disse que as vendas devem cair bastante em comparação com o ano passado, mas que entende as limitações diante da pandemia. “Caiu bem uns 50%. O pessoal gostava de se juntar para tomar uma cerveja na conveniência, relaxar. Mas regra é regra, a doença está aí e precisamos cumprir”, disse.

Toque de recolher ‘afrouxado’

Em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), a prefeitura da Capital seguiu o decreto estadual e determinou o toque de recolher às 23h no município, já a partir desta quinta-feira (11). O decreto, diferente do que estava em vigor até então, também limita o número de pessoas em eventos.

Conforme o decreto, o período de vigência do toque de recolher mais brando é de 23h até as 5h do dia seguinte, desta quinta até o próximo dia 26 de fevereiro. Assim como anteriormente, ele não se aplica a postos de combustíveis, farmácias e serviços de saúde, bem como aos serviços de delivery e coleta de lixo.

Este novo documento trouxe a limitação de 120 pessoas em festas, eventos esportivos e campeonatos de qualquer natureza, templos e igrejas, que também devem respeitar o limite de 40% da sua capacidade. O decreto anterior, do dia 21 de  janeiro, somente trazia a liberação de 40% da capacidade limite, mas não limitava o número de pessoas nos locais.

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